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terça-feira, 23 de agosto de 2011

AS NOVE RESPOSTAS DE UM SÁBIO


Fonte desconhecida.





Tales de Mileto nasceu em Tebas no ano de 625 a.c. Morreu em Atenas, a 547 a.c., aos 78 anos.

Foi um filósofo grego, fundador da escola Jónica, considerado como um dos sete sábios da Grécia.

Matemático, astrônomo, e grande pensador, Tales de Mileto percorreu o Egito, onde realizou estudos e entrou em contato com os mistérios da religião egípcia. É atribuída a ele a previsão de um eclipse do Sol, no ano de 585 a.C. Também realizou uma façanha incrível: seu talento matemático era tão incomum, que conseguiu estabelecer com precisão a altura das pirâmides apenas medindo-lhes a sua sombra. Além disso, ainda foi o primeiro a dar uma explicação lógica para as ocorrências dos eclipses.

Se destacou principalmente por seus trabalhos em filosofia e matemática. Nesta última ciência, lhe atribuem as primeiras “demonstrações” de teoremas geométricos mediante o raciocínio lógico e, por isto, o consideram o Pai da Geometria.
Foi o primeiro a sustentar que a Lua brilhava por reflexo do Sol e ainda determinou
o número exato de dias que contém um ano.

Para provar que o conhecimento que desenvolvera tinha utilidade prática direta, afirmou que num determinado ano a colheita de azeitonas seria excepcional. E arrendou a maioria das destilarias de azeite de Mileto. Ganhou um bom dinheiro
com a operação, apenas para ter o prazer de fazer calar os que diziam ser a Filosofia uma inutilidade ou um capricho de ociosos.

Um sofista se aproximou de Tales de Mileto, e intentou confundi-lo com as perguntas mais difíceis. Porém, o sábio de Mileto esteve à altura da prova porque respondeu a todos as perguntas sem a menor vacilação e assim mesmo com a maior exatidão:

1 – Qual é a coisa mais antiga?
- DEUS, porque sempre tem existido.

2 – Qual é a coisa mais formosa?
- O UNIVERSO, porque é obra de Deus

3 – Qual é a maior de todas as coisas?
- O ESPAÇO, porque contém todo o Criador.

4 – Qual é a coisa mais constante?
- A ESPERANÇA, porque permanece no homem depois que haja perdido todo o mais.

5 – Qual é a melhor de todas as coisas?
- A VIRTUDE, porque sem ela não existe nada de bom.

6 – Qual é a mais rápida de todas as coisas?
- O PENSAMENTO, porque em menos de um minuto pode voar até o final do Universo.

7 – Qual é a mais forte de todas as coisas?
- A NECESSIDADE, porque faz com que o homem enfrente todos os perigos da vida.

8 – Qual é a mais fácil de todas as coisas?
- Dar conselhos

Porém, quando chegou à nona pergunta, nosso Sábio disse um paradoxo. Deu uma resposta que, estou seguro, não foi
jamais entendida pelo mundano interlocutor, e que, para a maioria das pessoas, terá um sentido superficial.

A pergunta foi esta:
9 – Qual é a mais difícil de todas as coisas?
E o Sábio de Mileto replicou:
- Conhecer a si mesmo.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A Origem do Lema Liberdade, Igualdade, Fraternidade


Por: Paulo Mathias
Retirado do Jornal Maçonaria Brasil - Março / 2006

As palavras Liberdade, Igualdade, Fraternidade estão associadas à Revolução francesa e à Maçonaria. Mas o lema não possui origem maçônica, como afirmam alguns autores. A Revolução Francesa, inicialmente, usou o lema Liberdade, Igualdade, ou a Morte (Liberté, Egalité, ou la Mort). Só a partir da segunda República, em 1848, é que ele se transformou em Liberdade, Igualdade, Fraternidade (Liberté, Egalité, Fraternité). Maçons em todo o mundo, que trabalhavam sob as influências francesas, acabaram vulgarizando a trilogia a ponto de ser considerada como lema exclusivamente maçônico.

A idéia de Liberdade, Igualdade, Fraternidade é bem mais antiga: há vestígios dela na criação do Comunismo Cristão, primeira seita comunista, em 1694, cujos membros acreditavam que o Messias aguardado se apresenta como “o Distribuidor de Justiça” (Igualdade), como “o Grande Irmão” (Fraternidade) e “o Libertador” (Liberdade).

A trilogia pode ser analisada através do ponto de vista exclusivamente iniciático ou sob o prisma político-social. E sob este prisma a Igualdade remete a um ideal de organização social, pelo qual lutou a humanidade, ao longo de sua evolução. Luta que
ainda perdura nos dias atuais, onde nações estão divididas em sistemas políticos, comunidades em classes sociais e indivíduos em posições econômicas, prejudicam qualquer esforço em benefício da igualdade irrestrita.

A Fraternidade remete à conduta que norteia a vida de um indivíduo. Almejada como objetivo de religiões, instituições sociais, partidos políticos, etc... estabelecendo o altruísmo contra o egoísmo, a benevolência contra a malevolência, a tolerância conta a intolerância, o amor contra o ódio. (JoséCastellani)

A Liberdade nasce com o indivíduo, atinge o consciente coletivo dos povos e produz fatos extraordinários. O sentimento de liberdade é o bem mais caro ao coração de um homem; e não há nada que o deprima tanto quanto a opressão da escravidão, o encarceramento da consciência e a privação da liberdade. (José Castellani)

Sob o prisma iniciático, a Liberdade nos remete à consciência da identidade básica de todos os seres e de todas as manifestações do espírito humano, acima de todas as distinções externas de posição social e grau de conhecimento, e de desenvolvimento intelectual. (José Castellani)

A Fraternidade é considerada o complemento da liberdade individual e da igualdade espiritual; é a tolerância, em relação à liberdade, e a compreensão, em relação à igualdade.

Por fim a Liberdade é definida como uma aquisição individual interior, independente da liberdade externa. Pode ser outorgada pela Lei ou pelas injunções da vida. É, em resumo, a liberdade que adquire buscando a Verdade, trilhando o caminho da virtude e do domínio dos vícios.

domingo, 21 de agosto de 2011

O Magista e a Sociedade


Por Papus, Tratado Elementar de Magia Prática, Cap. 13.

(...)
Até aqui temos visto as práticas mais simples que permitem ao magista a educação progressiva de sua vontade e a ação cada vez mais consciente sobre os seres psíquicos. Suponhamos agora que o experimentador chegou a constituir em redor de si uma atmosfera de simpatia tanto no mundo invisível como no mundo visível; vamos pedir-lhe que utilize seu trabalho e suas ciência em benefício dos profanos e dos ignorantes, daqueles que, longe de o compreenderem, responderão a cada benefício, com ataques envenenados, a cada revelação, com sarcasmos.

É aí que está o resultado inegável deste apostolado e aqueles que por ele passaram, sabem quanta energia e firmeza de ânimo é preciso para ser bom e sorrir para todos esses curiosos e esses impotentes de hoje, que serão os adversários e os inimigos de manhã, salvo raras e nobres exceções. Só mui dificilmente se encontrará, uma vez ou outra, um coração generoso que esteja disposto a todos os sacrifícios intelectuais e a todos os devotamentos para ajudar a suportar as provas comuns, aí está a história de todos os adeptos do ocultismo, desde Pitágoras até Raimundo Lullo, e desde Paracelso até Martinez de Pasqualis e Luiz Claudio de Saint-Martin.

Estes obstáculos, porém, não devem nunca de deter o investigador e é agora que precisamos descrever qual deve ser a conduta do magista na sociedade, qual deve ser sua influência intelectual nos meios hostis e como Cavaleiro da Ideia, ele se deve lançar no combate, sem contar nunca com o número de seus aliados nem com o de seus adversários.

Quão útil para o discípulo independente não ultrapassar nunca os estudos de imantação e concentração! Rodeado de alguns amigos sinceros, guiados pelos conselhos dos mais experientes em estudos, nos grupos onde o trabalho silencioso é a primeira regra a ser observada, ele deve preparar-se para as lutas e deveres que lhe reserva o apostolado entre os profanos. Superior às tentações do triunfo depois da batalha, deve permanecer como o receptáculo vivo da Alta Ciência, desconhecido dos inimigos como dos curiosos. É graças a tais homens que jamais a tradição hermética se perdeu e o sábio alquimista do século XV, prosseguindo silenciosamente seus trabalhos no fundo de uma adega, enquanto a ignorância clerical triunfava à luz do dia, legou à posteridade tesouros mais reais que a pedra filosofal e o elixir da longa vida.

Não deveis esquecer nunca, vós que quereis ir por diante e modelar a humanidade como aprendestes a modelar vossa própria substância, não esquecei nunca que, se tiverdes um instante que seja de desfalecimento, a matéria em fusão se revoltará contra vossa ação, e sereis a primeira vítima das forças que não soubestes dominar.
(...)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

DISOLUCION DE UNA LARVA POR MEDIO DE UNA PUNTA DE ACEBO. REPERCUSION SOBRE EL CUERPO PISICO DE UNA BRUJA


Já faz um bom tempo que não posto no blog, infelizmente por falta do mesmo. Então vou recomeçar, com esse texto de uma história tida como verídica encontrada no Tratado Elementar de Magia Prática de Papus. O texto se encontra em espanhol, mas a leitura é fácil, nada que o google tradutor não resolva. É o mesmo texto na integra que comento no curso de Magia. Vale a pena a leitura.

















"Los hechos que siguen me han parecido dignos de ser anotados, puesto que me permiten hallar una explicación al fenómeno del fantasma luminoso que se menciona en el número 5 del mes de febrero.
Hago constar por adelantado que en lo tocante a las conclusiones, me limitaré a formular una teoría.
Como precedentemente he dicho, el caserío de P. se componía de veintiséis personas repartidas en seis casas. No hablé antes de una séptima vivienda, situada en medio del lugar, que juntamente con el cortijo había pasado a ser propiedad de mi familia. Esta vivienda estaba vacía. Junto a ella veíase otra, una especie de cabaña que ocupaba una mujer sola, B... de nombre, y tenida en todo el contorno por bruja. Los campesinos le atribuían todo linaje de poderes ocultos, desde los propios para hacer que en el acto desapareciesen las callosidades, hasta los requeridos por la ejecución de los más negros maleficios, tales como el hechizamiento, causar enfermedades al ganado, conseguir que abortasen las vacas, etc., etc.
Cierto día tuve ocasión de ver a esta persona por primera vez, algunos meses antes que mi familia se estableciera en P. durante el período de las vacaciones.
La tía B..., acudía todos los sábados a nuestro cortijo para comprarnos huevos, manteca y quesos, que luego revendía en las ferias de los alrededores. Era una mujer de unos cuarenta a cuarenta y cinco años, pequeña, regordeta y de cara desagradable, aunque no se la podía llamar fea. Su ancha boca, de labios bastante abultados, resultaba algo torcida e inclinada al lado derecho la nariz era corta y gruesa, con unas ventanas grandísimas, la frente muy baja y los cabellos eran de un tono castaño oscuro que las canas comenzaban a blanquear. Los ojos ofrecían una particularidad notable, eran de color distinto, pequeños y de un mirar escrutador y penetrante. La pupila del izquierdo, .en su parte de arriba, resultaba de azul claro y verdoso y en la de abajo, pardo oscuro.
Yo conocía ya la fama que en la localidad tenía esta mujer, y sin que concediera ninguna importancia a las historias que a propósito de ella me habían contado, no dejaba de producirme cierta curiosidad su persona.
Antes de continuar he de referir un detalle cuya importancia se verá más adelante.
Cuando mí familia adquirió la propiedad de la granja, ésta pertenecía a un gran señor austríaco y estaba administrada por un lugareño desprovisto en absoluto de instrucción, y de quien públicamente contaban que era dominado por la tía B. . . El laboreo de la granja no producía el menor rendimiento a su propietario, y éste fué el motivo que decidió al dueño á ponerla en venta. Verificada la compra, vinieron incluidos en ella todos los animales, incluso un perro que también había en la hacienda. El can era uno de los llamados de pastor, de piel rojiza, de mucha talla, excelente guardián por la noche, y por el día absolutamente inofensivo. De todas suertes no resultaba muy amable con las personas que no fuesen las de la familia, y a mí, especialmente, el pobre animal me quería como los perros saben querer.
Tenía unos ojos muy particulares; el derecho gris y el izquierdo azul claro y verdoso en la mitad superior y pardo oscuro en la otra. En una palabra, los ojos del perro eran perfectamente iguales a los de la tía B. .. Además, este bicho que no acostumbraba mostrar mal genio, acometía rabiosamente a la supuesta bruja en cuanto la veía llegar, por cuyo motivo, estando en la granja la tía B..., había que poner al perro la cadena. Era de verle entonces ladrando y aullando de un modo horrible hasta que la mujer salía de la casa. Ultimamente había acabado por conocer los días en que B... venía a hacer sus compras, y desde las primeras horas de la mañana mostrábase de un humor endiablado y huía para que no se le encadenase.
Las causas de tal odio eran desconocidas. B. . ., a quien había preguntado si en alguna ocasión había hecho algo al perro, dijo que no, y que observaba en aquel bicho tan malas intenciones, que había de llegar a morder a alguno de la casa, si no nos deshacíamos de él antes. Es de notar que fuera de la hacienda el perro demostraba mucho miedo a la mujer y escapaba de ella en cuanto la veía venir. En la granja todos se acostumbraron a estas manifestaciones de canina animosidad y nadie les daba importancia, limitándose las precauciones adoptadas a atar el perro los sábados por la mañana.
En el mes de agosto de 1876, algunos días después de la aparición de l a l i nt er na, y
precisamente la víspera de mi marcha para incorporar-me al regimiento, fuí a dar una vuelta en compañía del ya citado señor N. El perro vino con nosotros como de costumbre. Nos dirigimos a la casa deshabitada, donde al paso quería entrar para ver algunos trastos viejos que estaban en el granero. Ya he dicho que la tía B... vivía al lado, y debió vernos entrar.
Cuando a cosa de medía hora después salimos, B... estaba junto a su puerta apoyada en la pared. El perro iba detrás de nosotros. Apenas desembocó del corredor, lanzó un chillido lo mismo que si le hubieran dado un gran palo y huyó a todo escape en dirección de la granja. N. y yo quedamos un rato suspensos viendo correr al animal, cuando la mujer que estaba a la puerta de su casa, comenzó a reír.
Me volví hacia ella sintiéndome muy incomodado sin saber por qué, y no sabiendo qué decirle, di media vuelta, con la intención de ir a buscar mi perro; pero éste se había detenido a un centenar de metros de distancia, y desde donde no nos perdía de vista. Nosotros permanecimos quietos, sin dejar yo de silbar para que se acercara. El perro obedeció al fin a mi reiterado llamamiento, comenzando a acercarse lentamente con las orejas gachas y el rabo entre piernas, deteniéndose a cada paso para tumbarse. A medida que se acercaba y oía mi voz, sentíase más animoso. Cuando llegó a una docena de metros de distancia, se agachó en el suelo y comenzó a gruñir sordamente. Le llamé otra vez; no se movió; pero parecía que su cólera iba en aumento.
Experimenté la sensación de que algo anormal iba a suceder (N. me confesó luego que se había sentido indispuesto casi.) Instintivamente volví los ojos a tía B.. ., y quedé sorprendido por la expresión dura y de odio que aparecía en su cara, expresión que la había transformado. Nunca olvidaré aquella fisonomía de extraña perversidad, ni la intensa y rabiosa ira que se apoderó de mí en aquellos instantes.
Llamé al perro con breve y seco tono; tenía la completa convicción de que había de obedecerme. El animal se enderezó con las orejas de punta y los ojos chispeantes, después, lanzando un aullido terrible, se precipitió a saltos contra la puerta de la cabaña: La tía B..., en el propio momento, había retrocedido al interior de la vivienda, cerrando la puerta con estrépito y precipitadamente.
El perro puesto de patas aullaba y arañaba furiosamente las maderas como si pretendiera forzar el paso. No poco me costó quitarlo de allí, y preciso fué que mi amigo me ayudara a cogerlo del collar para llevarlo a viva fuerza hasta la granja.
Tanto a N. como a mí, no nos quedó ganar de continuar el paseo, y pasamos el rato discutiendo detenidamente el raro proceder de la tía B... y de mi perro. No cesábamos de hacer conjeturas. Al día siguiente marché al punto donde mi regimiento estaba de guarnición.
En fin de diciembre, obtuve otra licencia para los días de la entrada de año, y volví a junto a mi familia a P. Como quiera que en la granja todos los cuartos estaban ocupados por los parientes que habían venido a pasar aquellos días con nosotros, dispuse que se me pusiera la cama en una habitación de la casa vacía que teníamos en el caserío.
A las once de la noche fuí allí acompañado de la muchacha que me trajo el agua, las toallas, etc. y del perro que venía detrás de nosotros. Una vez que la criada puso todo en orden y me hizo la cama, se marchó llevándose al perro.
El cuarto que ocupaba era de los del primer piso. Entrábase en él por un corredor al que también daba la puerta de una sala. Esta habitación estaba vacía, completamente vacía de muebles; otra puerta permitía pasar directamente de este cuarto a mi dormitorio y la cama estaba a un lado junto a la puerta de comunicación de ambas estancias, de modo que al abrirse hacia la alcoba, venía a tropezar contra los pies de mi lecho.
En cuanto se marchó la muchacha, eché la llave de la puerta principal y subí al dormitorio, cerrando al paso la puerta de la sala, sólo con el pestillo. Dejé abierta la de comunicación con el dormitorio. Me quité el uniforme, puse el sable de caballería arrimado a la silla que me servía de mesa de noche, y metiéndome entre sábanas apagué la luz.
Apenas quedé a oscuras, comencé a oír que se arañaba rudamente en las tablas de la puerta de la primera habitación. El ruido era idéntico al que hace un perro cuando araña una puerta cerrada porque quiera entrar o salir, sólo que resultaba más fuerte, y como si el animal intentara franquear a la fuerza la entrada. Pasado el primer instante de sor-presa, creí que mi perro habría quedado dentro, sin embargo, el ruido no perecía causado desde la parte de afuera, en la del corredor, sino en la de dentro, es decir en la sala. Llamé va;•ias veces al perro por su nombre, "Sokol"; por toda respuesta los arañazos se oyeron más fuertes.
Según he dicho, la puerta de comunicación estaba abierta y apoyándose como se apoyaba contra los pies del lecho, podía empujarla con uno mío. Dile una patada violenta con el derecho y se cerró dando un gran golpe. En ese momento los ruidos se trasladaron a las tablas de esta puerta, produciéndose por la parte de la otra habitación.
Debo confesar que al ver que el perro no acudía a mi llamamiento y que los ruidos aumentaban, sentí miedo al pronto y este motiva fué el que me impulsó a cerrar bruscamente la puerta de mi cuarto; pero tan pronto como noté la producción de los ruidos en la misma puerta que había cerrado, tan cerca de mí, quedé súbitamente libre de todo sentimiento de terror. Encendí la vela; pero antes de ejecutarlo cesó el estrépito.
Me eché fuera de la cama; me puse el pantalón y fuí a inspeccionar la otra habitación, continuando siempre con la idea de que por allí andaba el perro aunque no se me ocultaba la material imposibilidad de su estancia. En la sala no vi nada. Salí al pasillo, bajé la escalera, registré eI vestíbulo, llamando al perro, y nada tampoco hallé por ninguna parte. No me quedaba más recurso que volver al dormitorio, y puesto que no podía dar con la solución del enigma, así lo hice, me metí en la cama y apagué la luz.
Volvimos a las andadas en cuanto quedé a oscuras; pero con mayor intensidad de ruidos que antes, en la parte de afuera de la puerta de comunicación, que ahora tuve el cuidado de deiir bien cerrada.
Entonces experimenté tal impresión de molestia y de rabia, me sentí tan enervado, que sin cuidarme de encender la luz, salté de la cama, cogí el sable, lo desenvainé, y corriendo fuí a la inmensa estancia. Al abrir la puerta noté que algo se oponía a ello y en la oscuridad me pareció distinguir un resplandor. una sombra luminosa, permítaseme la frase, que vagamente se destacaba sobre la otra entrada de aquella habitación.
Sin pararme a reflexionar, di un salto y descargué un formidable tajo sobre la puerta. Un haz de chispas salió de sus tableros, como si. la hija hubiera herido algún clavo que allí encontrase. La punta del arma traspasó la madera y me costó trabajo arrancarla. Volví en seguida a la alcoba para encender la luz y, sin soltar el sable, fuí a examinar la puerta. La tabla había quedado hendida en toda su extensión. Busqué inútilmente el clavo en que tropezara el corte: al observar el filo de la hoja vi que no mostraba ninguna huella de haber dado en hierro.
Descendí de nuevo al vestíbulo y busqué por todas partes, sin encontrar en ninguna, cosa que aclarase el misterio. Regresé a mi alcoba; eran las doce menos cuerto de la noche.
Dime a pensar en lo que acababa de ocurrir. Ninguna explicación pude hallar, pero experimenté un sentimiento de efectiva calma, y recuerdo perfectamente que acaricié, casi sin fijarme en lo que hacía, la hoja de mi sable al volver a la cama, dentro de la cual lo puse al lado mío. Pude al fin conciliar el sueño y me desperté a las ocho de la mañana, sobre poco más o menos.
A la luz del sol, contemplando aquella puerta hendida, los acontecimientos pasados aun me parecieron más sorprendentes.
Me vestí a escape y me dirigí a la granja, donde ya la gente se preparaba para tomar el desayuno; ya se me esperaba. Conté lo que me había ocurrido, relato que pareció de todo punto inverosímil a las personas de afuera que estaban allí de visita. En cuanto a mis parientes y al amigo N., el.súceso les impresioné muy de veras.
Terminado a cosa de las diez el desayuno, todos quisieron ver la puerta rota, y en efecto, familia, visitas y amigos nos encaminamos a la casa del lugar.
A mitad del camino una mujer de P. salió a nuestro-encuentro, y nos dijo que precisamente venía a la granja a pedir a N. que fuese a ver a la
'
tía B. . . que estaba mal. Otra mujer había entrado en la casa de la bruja por algún recado momentos antes, y la encontró ensangrentada y tendida sobre el lecho, como muerta. La novedad nos hizo apresurar el paso; yo respondo de que me habían emocionado singularmente las noticias dadas por aquella mujer.
Llegados a la vivienda de la tía B..., un cuadro horrible se ofreció a nuestros ojos.
:Poseída la bruja por el delirio, estaba en la cama bañada en su propia sangre, los
ojos cerrados y pegados por los coagulos sanguíneos y mostrando en la frente una horrible y mortal herida de la que aún se escapaba a hilos una lenta hemorragia. La lesión hecha por un instrumento cortante, -comenzaba a dos centímetros por encima de la línea del pelo y se prolongaba en línea recta hasta la raíz de la. nariz, midiendo unos siete centímetros y medio de longitud. El cráneo estaba completa-mente hendido y- la masa encefálica salía a través de la hendidura.
tv. y yo, fuimos a escape a nuestra casa. N. a buscar lo necesario para practicar la cura y yo a enviar a escape el coche que fuera por el médico de un pueblo vecino.
En seguida volví junto a la tía B..., a quien había vendado provisionalmente mi amigo N. Llenaban el interior de la vivienda las gentes del lugar, entre las que también estaba la dueña de la posada. Nadie podía suponer lo que le había ocurrido a la tía B. . ., y como quiera que nunca inspiró a sus vecinos otra cosa que el miedo que le tenían, sólo experimentaban una gran curiosidad, excepto la posadera, que más que curiosa mostrábase visiblemente satisfecha y no se ocultaba para decir: ¡Ya recibió la tía B... su merecido!
Debo manifestar que desde el instante en que entré en la choza y la vi tendida en la cama con la cabeza abierta, experimenté la sensación de que algo oscuro se aclaraba súbitamente en mi cerebro. En el acto me di cuenta que la tía B... era la bruja que había sido herida por el filo de mi sable, cuando la noche anterior descargué la cuchillada que había hendido la puerta de la sala desierta.
Habiendo terminado la operación de limpiar y vendar a la mujer salimos de la casa N. y yo. Subimos al piso de la inmediata y mi amigo contempló la puerta rota sin decir ni una palabra; visiblemente demos-trábase su emoción. Yo no lo estaba menos. Hablé a N. y le comuniqué mis reflexiones.
Conviene advertir que en esta época yo no estaba al corriente de lo que fueran las ciencias y fuerzas ocultas. Las relaciones que yo establecía entre lo ocurrido por la noche y lo que vi por la mañana eran puramente instintivas.
N. sólo respondió a mis argumentos, (si es que lo que le dije merece tal nombre): No comprendo nada, pero aquí ocurren cosas horribles. Lo cierto es que maldito si yo sabía más del asunto que mi amigo. De común acuerdo adoptamos la resolución de no hablar con nadie acerca de los fenómenos ocurridos en la noche, pasara lo que pasara a la tía B... Abandonamos con este propósito la casa y nos dirigimos a la de la bruja.
La mujer estaba sumida en un estado comatoso. Del delirio había pasado a la fase de abatimiento profundo que terminó con su vida. Recomendamos a las personas que la rodeaban que renovasen con frecuencia las compresas de agua fría y seguidamente nos reintegramos a la granja.
Mi familia y amigos habían olvidado de todo el objeto de nuestra salida, es decir, el de ver la puerta rota, y lo mismo N. que yo nos guardamos de recordar el asunto a nadie. A todos preocupaba lo ocurrido a la tía B. . . y esto constituía el tema de las conversaciones. Uno de los presentes recordó que nos habíamos olvidado de ir a ver la puerta; pero respondí que la cosa no merecía la pena molestarse nuevamente y que ya comenzaba a creer que me había dejado llevar un poco por las impresiones hijas de un mal sueño.
A la una de la tarde vino el médico. N. y yo le acompañamos a la casa de la tía B. . . e inspeccionada su herida, dijo que era tan' gravé y de resultado tan fatal, que la lesionada sólo viviría algunas horas. A las preguntas respecto de los orígenes del hecho nos cuidamos muy bien, como se comprenderá, de dar ninguna explicación.
Previendo el cercano desenlace anunciado, el médico se quedó en P. con nosotros. Redactado el parte de lo sucedido, un mandadero salió para entregarlo en el próximo puesto de gendarmería, para que la autoridad se encargara de cumplir con lo dispuesto por la ley. A las siete de la tarde llegó un cabo de gendarmería, que comenzó las indagatorias en el domicilio de la interfecta. Nos hallábamos presentes. el médico, mi amigo N., la mujer que primeramente vió a la tía B. .., tal como estaba, varias otras personas y yo.
A las ocho menos cuarto continuaba el gendarme escribiendo, cuando de pronto se incorporó la tía B. . ., apoyándose sobre los codos; abrió des-mesuradamente los ojos, permaneció algunos instantes en esa postura, y con esa expresión en la mirada, después cayó hacia atrás. Había muerto. El médico le cerró los párpados.
Como quiera que nadie podía dar noticias de lo ocurrido, el cabo de gendarmería terminó pronto su indagatoria y marchó con ella. Al próximo día (el primero de enero) llegó bien de mañana el juez con el objeto de cumplir los requisitos legales, certificó el médico, y por la tarde se dió tierra en el cementerio del poblado más próximo, al cuerpo de la tía B...
Las indagaciones judiciales, ordenadas por puro formulismo, como es de suponer, np dieron resultado, y fueron abandonadas a los pocos días, dando por averiguado, que la herida era debida a un accidente casual. (2)
Nada tengo ya que añadir a los hechos propiamente dichos, pero debo mencionar una coincidencia. Después de ocurrida la muerte de la tía B... cesó en P. y en los alrededores el fenómeno de la aparición de la linterna. Nadie volvió a verla desde entonces.
A partir de la fecha de estos acontecimientos, o sea hace diez y siete años, he tenido ocasión de ver un gran número de hechos de carácter sobrenatural o al menos inexplicables desde el punto de vista de nuestros conocimientos ordinarios, pero jamás he tenido ocasión de presenciar ninguno producido espontáneamente, que pueda compararse con el de la linterna. He observado que siempre los fenómenos más milagrosos re conocen por primera causa las fuerzas humanas (lo que no quiere decir que yo niegue a priori la existencia de otra clase de energías) y me parece que ,
existen fundamentos en el caso referido para llegfr a las siguientes conclusiones:
1 Que la tía B... era un poderoso médium de efectos físicos que actuaba con pleno discernimiento de lo que hacía.
2 Que, en consecuencia, B... estaba naturalmente provista de facultades extraordinarias para verificar la emisión de un cuerpo astral, sino es que hubiere alcanzado la iniciación en ciertos modos de efectuar el dicho fenômeno.
3 Que los ruidos nocturnos de mi cuarto fueron obra de la tír B ... , es decir, de su cuerpo astral, y realizados con el propósito de asustarme en venganza de haber hecho que mi perro se rebelara contra el poder oculto que sobre el bicho, B... ejercía fuera de granja. Esto aclara el porqué la bruja imitara los arañazos que el perro dió en la puerta cuando hubo de acometerla furioso en las circunstancias que dejo ex-puestas.
4 Que al descargar yo el sablazo contra la puerta y contra la som bra luminosa que entonces vi, el acero hirió el astral de la bruja y que la ruptura de la cohesión molecular del cuerpo fluídico, originada por la punta del sable al atravesarle con rapidez vivísima, había determinado la herida de B...
5 Y, por último, que la aparición de la linterna, no era más que una emanación astral de la tía B... que se gozaba en difundir el terror entre las gentes del lugar.
Reflexionando a propósito de esta manifestación se me ocurre que si criando apareció la linterna, le hubiese disparado un tiro haciendo blanco en ella, como tuve deseos de verificarlo, probablemente B. . hubiera sido muerta por la bala en el mismo instante.
"
GUSTAVO BOJANOO
La varita y la espada son, tanto la una como la otra, indispensables instrumentos que necesariamente debe poseer el maoista; el resto, es decir la lámpara, la copa, etc., constituyen objetos de lujo sin positiva aplicación salvo excepcionales ocasiones. En la práctica corriente, la varita y la espada pueden reunirse en un solo instrumento mágico y he aquí cómo:
Se buscará un bastón de estoque terminado en la parte superior por una bola de hierro magnético muy bien imantada y sobré la que se hará grabar en oro un signo mágico, y los caracteres oportunos. La parte inferior del bastón terminará en una contera de plomo metida en un casquillo de cobre plateado. Un anillo hecho con una aleación de mercurio y estaño, estará engastado en la parte de arriba del bastón, que conviene sea un junco de suficiente grosor. De esta manera, la espada va metida en un cetro mágico que no parece lo que es a los que no estuviesen enterados de estas cosas.
La hoja de acero medirá las dimensiones de cualquier espada corta: ha de ser triangular y tendrá trazados los signos correspondientes. La empuña-dura tiene que ser lo bastante larga para que la mano nunca toque, al cogerla, el acero de la hoja, quedando perfectamente aislada por el puño de barnizada madera. Nosotros poseemos un arma de esta especie que nos ha prestado grandes servicios en nuestros trabajos experimentales, porque su estructura permite poder llevarla consigo en todas ocasiones y estudiar sus efectos en cualquier clase de manifestaciones psíquicas.
Tales son los preciosos auxiliares de la eficacia del gesto en las operaciones de la Magia. (3)

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2
Los casos de embrujamiento que han sido debidamente comprobados, no faltan, si bien no abundan ni pueden abundar, como pretenden ciertos supuestos confeccionarios de hechizos, que a la sombra de otras distintas maneras de vivir, explotan la credulidad de ciertas gentes.
El autor francés, Port e du Trait des Ages, cuyos estudios mágicos hemos traducido bajo el título de El Embrujamiento Experimental, ("La Irradiación", edic., Madrid, 1908), refiere lo que le aconteció con un
brujo en los siguientes términos, y es de advertir que en este ejemplo existe una perfecta semejanza de resultados con el anterior, lo que evidencia el formidable poder de las puntas contra los ataques de los seres del astral:
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"Por motivos fútiles, un brujo me había declarado un odio inextinguible, y conociendo como conocía de antemano todos cuantos fenémenos le era dable producir para atemorizarme, relame de la mala voluntad que yo le inspiraba; cierta noche del mes de febrero regresaba a mi casa siguiendo a paso acelerado el camino cubierto de nieve, cuando a unos cien metros de mi puerta ví una forma tenebrosa que dió vueltas a mi alrededor, desapareciendo en seguida. Inmediatamente me acordé del brujo, y por si acaso se decidía a repetir sus manifestacicnes, armé mi mano de un largo puñal de hoja delgada y punta finísima. Pasaron cinco minutos sin que nada de carácter anormal se opusiera a mi marcha; pero de pronto el mismo fenómeno surgió de nuevo; era una forma, un fantasma, que remedaba la de un perro enorme y seguía mis pasos, unas veces saltando de la manera más extraordinaria y otras dando rápidas vueltas en torno mío. Yo sólo esperaba el momento en que estuviera a mi alcance y no tuve que aguardar mucho tiempo. Llegado ese instante, con la rapidez del relámpago le dí una certera puñalada al fantástico animal; sentí en el brazo una sacudida y todo desapareció de mi vista como por arte de encantamiento. Tranquilo ya, entré en mi casa.
"Al día siguiente, fuí a la del brujo. Vivía en una choza, donde le hallé tendido en la cama, con los ojos abiertos enormerhente y mostrando la horrible boca de una herida que le taladraba el pecho. Las ropas y el suelo estaban inundados de sangre.
"En la noche de aquel día, mi mágico enemigo expiró".
Permítasenos que ccnsignemos aquí un hecho que nos ocurrió hace pocos años en enero de 1903.
Un amigo me dió la noticia de que en cierta calle de los barrios de Chamberí, existía una bruja en quien la gente tenía gran confianza. Juntos fuimos a verla, y ya fuese por razones de espontánea antipatía o porque la molestara alguna de mis palabras, a las primeras que cruzamos, empezó a responder acremente y ter-minó por amenazarnos con que bien pronto tendríamos alguna prueba de lo que sabía realizar.
No hicimos mucho caso de sus amenazas; pero al regresar mi amigo y yo comentando lo ocurrido, recuerdo que le dije que no podía echarse en saco roto las malas intenciones de ciertas personas, brujas o no, porque la eficacia del odio dependía a veces más de las facultades exteriorizadoras del individuo que de su pericia en. semejantes procederes.
A los dos o tres días de esto, estando en mi gabinete de trabajo a altas horas de la noche, dióse en la puerta que estaba medio abierta, tan enorme y efectivo golpazo, que vino a pegar contra sus quicios cerrándose con violencia inaudita. Suspenso quedé un instante no sabiendo a qué atribuir el fenómeno, pues los balcones estaban cerrados, así los cristales como las maderas, y en consecuencia no podía existir corriente de aire: en la casa todo el mundo estaba en cama, excepto yo, que me había quedado trabajando para concluir con la mayor urgencia el último capítulo de una de mis abras. Dejé la pluma, salí al pasillo, busqué por todas partes y nada hallé que pudiera darme una natural solución al enigma; pero al volver al gabinete pasando por el pasillo que en su mitad hacía recodo, un extraño soplido me apagó la luz, al propio tiempo que sentí unos pases delante de mí y otro porrazo enorme dentro de la habitación.
En el acto recordé la amenaza de la bruja y a escape quise entrar en el gabinete. La puerta estaba cerrada; hice fuerza para abrirla pronto, y resistióse el pestillo a girar como si por dentro alguien lo impidiera. Apreté con toda mi alma y de pronto cedió franqueándome el paso; encendí la luz v vi que me habían vertido el tintero sobre las cuartillas, que habían tirado los libres desde la mesa al suelo y que el sillón estaba volcado como si hubiera recibido un enorme puntapié. Pú seme a arreglar aquel desorden poseído del coraje mayor que he experimentado en la vida, y al levantar la vista de los papeles observé que se movía el cortinaje que cubría a medias la entrada de mi dormitorio y que en el fondo obscuro de él, en la parte del rincón que quedaba visible, algo se destacaba en forma indecisa y vaporosa, semejante en cierto modo a la silueta de una persona envuelta en amplio velo.
Sin reflexionarlo apenas, cogí un pesado pisa-papel de bronce que al alcance de mi mano, sobre la mesa había, y lo tiré contra la indecisa aparición con tal energía, que dejó en el escayolado de la pared profunda huella. En este preciso instante el reloj de la cercana iglesia del Buen Suceso dió las cuatro de la madrugada. '
Nervioso y mal impresionado pasé a pie el resto de la noche sin que nada más me ocurriera. Por la mañana temprano vino el amigo y le referí el suceso. No obstante mis explicaciones, dijo que creía más bien que todo fuera producto de una alucinación y para llegar al convencimiento me propuso que fuéramos a ver a la supuesta bruja. En el acto nos pusimos en marcha, y cuál no sería la estupefacción de mi acompañante al saber que la persona que buscábamos no podía recibirnos, porque aquella noche, según nos dijeron, se había dado un golpe tremendo en un hombro que la tenía en cama, haciéndole pasar muchos ,dolores. Insistimos en verla y al fin nos recibió. ¡Qué expresión la de sus verdes ojos al fijarse en nuestras personas! "¿A qué viene usted —me dijo— es que ignora usted lo ocurrido? ¿No sabe usted quién me ha hecho esto?" —y tirando de un improvisado vendaje nos mostró el amoratado hombro y una herida contusa que en él tenía.
"¿Se ha vuelto usted loca? —le respondí—; vengo a verla porque necesito preguntarle algo y no podía presumir que usted estuviese lesionada, ni tengo nada que ver con eso". "Bueno, como usted quiera —contestó— pero lo que sí puedo decirle es que no deseo volverle a ver y q ue . . . ¡tengamos la fiesta en paz! Para prueba 'basta lo ocurrido. Espero que no diga usted nada a nadie". Algunas veces nos hemos encontrado después. Nunca hemos vuelto a hablar del asunto; y en toda ocasión ha aparentado que no me conocía.
No terminaremos esta nota sin recordar un hecho que resulta tanto más notable, cuanto que cuenta con el apoyo de unas actuaciones judiciales y lo declarado por numerosas personas de distinta clase y condición. Nos referimos al caso ocurrido en Cydeville (Francia) en 1850, del que el autor se ocupa en la tercera parte.
Un pastor llamado Thorel quiso vengarse del cura de Cydeville, para lo cual se puso de acuerdo con un muchacho criado en el presbiterio a quien encontró en un mercado. Poco después de haberse marchado el chicuelo, estalla sobre el presbiterio una tormenta espantosa, y apenas disipada ésta, empiezan a oirse en todos los ámbitos de la casa incesantes golpes parecidos a martillazos, los cuales adquieren poco a poco tal intensidad que se pueden oír a un kilómetro de distancia. Pero no es ésto todo; a este fenómeno, ya de sí molesto, se agregan otros mil que lo son mucho más. Mientras aquellos ruidos misteriosos continúan su incesante concierto, o reproducen cadenciosamente el ritmo exacto de todas las tocatas que se les pide, se rompen los cristales cayendo en todas direcciones; los objetos se agitan, túmbanse las mesas, las sillas se agrupan, se pasean o se quedan suspendidas en el aire, mientras que los perros son lanzados hasta el techo con portentosa violencia. Los cuchillos, los cepillos, los breviarios salen volando por una ventana y entran por otra. Las palas, las tenazas, se escapan del hogar y andan solas por enmedio del salón. El guarda-fuego se separa de la chimenea, retrocede, y el fuego lo persigue. Los martillos vuelan por el aire con fuerza, y se posan con lentitud o ligereza en el suelo. Varios objetos de tocadot se arrojan bruscamente del mármol de la chimenea en que se encuentran y vuelven a colocarse por sí mismos en su sitio; enormes pupitres chocan entre Si y se rompen, etc., etc.
El cura de Cydeville y otros eclesiásticos llamados por él, deliberan cómo podrán librarse de los diablos que producían tan gran batahola en el presbiterio, viendo que no lo lograban fácilmente. El uno propone una cosa, el otro propone otra; un tercero asegura que ha leído en tratados especiales que los espíritus temen los hierros puntiagudos. Al oír esto, cesan las vacilaciones y cada cual se arma de uno de aquéllos. (Por donde quiera que se oye e, ruido, los hunden en el aire con toda la presteza posible.
Es muy difícil dar en el blanco, p,r virtud de la invisibilidad de la causa, y ya se disponen a renunciar a sus tentativas, cuando habiendo esgrimido uno de ellos un asador con más acierto, brota de repente una llama, la cual produce un humo tan denso que tienen que abrir inmediatamente los balcones para no morir asfixiados. Una vez disipado el humo, vuelven a pinchar el aire con los hierros, y entonces se percibe un gemido; siguen pinchando, y el gemido se repite, oyéndose esta palabra: PEnnóN!—Perdón, repiten aquellos señores; sí, te perdonamos.—¿Nos plonáis a todos?—¿Por ventura sois muchos?—Somos cinco, incluso el pastor.—Sí, os Terdonamos a todos.—Cuando al siguiente día se presentó Thorel en la casa parroquial, llevaba toda la cara llena de heridas, en las que reconoció los efectos de los puntiagudos hierros contra él empleados.

Si hubiésemos de recoger todos los casos semejantes al que reproduce el autor, podríámos escribir una obra tan extensa como el presente Tratado, pues aun dentro de su rareza, los hechos auténticos existen en número más que suficiente para de-mostrar la certidumbre de los fenómenos y el poder an'tiastral de las puntas.
Nosotros comenzamos empleando la varita mágica y la espada, ateniéndonos estrictamente a las prescripciones del Ritual, no omitiendo ninguno de sus prolijos detalles preparatorios, pero sucesivas experimentaciones nos hicieron ver que de muchos requisitos se puede prescindir sin ningún inconveniente. Cualquier trozo de madera, consagrándola o no, sirve' perfectamente para el caso y ninguna falta hace que en la varita se pongan los recomendados signos y misteriosas escrituras. Cosa análoga decimos respecto de la espada. La primera que el experimentador halle a mano, le sirve perfectamente sin que tenga que quedar otra precaución que la que esté perfec tamente limpia. Puede también aislarse del hierro (aunque no hemos visto que sea indispensable) envolviendo el puño en un trozo de tela fuerte de seda.
La espada que nosotros usamos desde hace tiempo, es un es
adín de hoja plana, de dos filos y _con empuñadura de cruz. Con ella, en más de una ocasión, hemos sostenido victoriosas luchas con los seres del astral, y aunque no está consagrada, ni tiene escrito cosa alguna, ni la adorna ningún talismánico signo, nos ha prestado magníficos servicios que seguramente no aventajará ninguna otra.
Papus dice que el cetro y la espada son los dos útiles verdaderamente indispensables. Nosotros nos permitiremos añadir que aun sobre aquél, pues sólo con ésta se llevan a cabo todas las operaciones evocatorias del modo más completo y satisfactorio.