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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Os Pantáculos



Por: Mateus Silva Saraiva

Os estudam indicam que o termo pantáculo seja de origem grega, oriundo da seguinte junção de palavras: pan (que significa “tudo” e kleo (que quer dizer “honra”). Seu significado provavelmente é uma referência ao seu poder de conter as virtudes de todo o Cosmos, ou de uma órbita planetária particular, e transferir estas virtudes para a aura daquele que o possuir. Nunca se deve confundir pantáculo com pentáculo, pois pentáculo é basicamente apenas um pentagrama dentro de um circulo.

Por tal fato os pantáculos têm grande poder, mas devem ser gravados sempre no período astrológico adequado (no dia e na hora do planeta ao qual correspondem), e por um mago ou iniciado que esteja purificado. Caso contrário, energias caóticas e em desarmonia seriam conservadas, e o pantáculo traria mais problemas que bons agouros. Suas linhas e seus nomes são feitos pela geometria sagrada, que grava pela luz astral as virtudes do céu do momento, mais ou menos do mesmo modo que o céu do momento marca a personalidade de uma criança ao nascer.

O ideal é que a gravação respeite o metal correspondente de cada planeta, para com que assim os efeitos do pantáculo tornem-se mais fortes e possam durar eternamente, desde que não seja profanado.  Pode-se, também, gravar o pantáculo no couro do animal correspondente ao planeta, ou, por último, na madeira de uma árvore correspondente ao mesmo. Gravar em papel ou pano comum faz com que suas vibrações fiquem muito fracas e suas virtudes se percam logo (em questão de pouquíssimos dias, ou, no máximo, uma lunação). Outro ponto importante é que o pantáculo deve sempre ser consagrado em um período astrológico adequado para aquele que irá possuí-lo, e de preferência pelo mesmo indivíduo, pois a consagração gera uma ligação astral entre a aura da pessoa e o objeto a ser consagrado. Basicamente, o pantáculo é um talismã mais completo e complexo.

No pantáculo há também o Kamea planetário, que é um quadrado mágico dividido em linhas e colunas referentes à numeração da Árvore da Vida a qual determinado planeta pertence. O Kamea utiliza a gematria e a geometria sagrada, criando, assim, o selo planetário. Cada planeta traz virtudes diferentes, que se intensificam quando o portador do pantáculo possui as qualidades do mesmo. Porém, se o portador tiver o defeito referente ao planeta, o pantáculo acaba por ser tornar um objeto maldito, que trará azar, pois no plano astral os planetas são todos de dupla polaridade, ou seja, representam sempre uma virtude e um defeito.

Para exemplificar, pensemos em uma pessoa que seja voluptuosa e luxuriosa – defeitos ligados a Vênus. Neste caso, seria um grande erro possuir um pantáculo deste planeta (Vênus). Agora, se esta pessoa fosse temperante e carismática – virtudes ligadas a Vênus –, o pantáculo passaria a amplificar esses poderes, levando tais virtudes à alma do seu possuidor, e assim traria muita sorte. Ou seja, tudo depende exclusivamente de uma familiaridade subjetiva do individuo com o planeta em questão, uma união do microcosmo com o macrocosmo, onde o pantáculo é um instrumento para reforçar tais forças em prol de um desejo do microcosmo sobre o macrocosmo.