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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

ORION


Por falta de tempo postarei um texto meu que escrevi faz alguns anos, este se chama Orion, espero que gostem da historia.

Por: Mateus Silva Saraiva

Numa cidade cinza e sem cor, de nome Hefestus, onde grossos homens de rostos ranzinzas não paravam de trabalhar, e nunca davam um sorriso, havia um garoto, aparentava uns 13 anos e chamava Samyaza. Era um sonhador, adorava cantar, e queria brincar e sorrir, mas os outros meninos eram ranzinzas e só queriam trabalhar como os pais.

Um dia, quando Samyaza estava pegando água num poço, na saída da cidade, viu uma figura se aproximar, esta carregava uma lira, em suas orelhas tinha um ramo de oliveira, trajava um manto púrpura vivo, era loiro de cabelos enrolados e olhos claros, na flor da idade, uns 18 anos. Ele se aproximou e se apresentou:

- Sou Rameel, venho de Orion, a cidade com as mais brilhantes luzes, onde o aroma do mais perfumado jasmim circunda o ar, onde belas flores põem-se á embelezar, lá tem as mais belas mulheres e mais felizes festas, e para lá eu estou a voltar.

Samyaza espantado com a descrição do lugar passou a acompanhá-lo. Rameel logo percebeu que ao lado daquelas caras ranzinzas não era seu lugar, pois lá sua lira não agradava ao ouvido dos outros ao tocar. Então ao amanhecer os dois jovens partiram. Se passaram muitas luas, muitas primaveras e invernos, até chegarem á outra cidade, esta cidade se chamava Júpiter.

De longe se via que era bela, tinha maguiníficas arquiteturas e monumentos, logo que lá chegaram viram que era uma cidade de filósofos e estóicos. Na praça viram que havia um jovem flautista sendo ignorado, Rameel passou a acompanhar o flautista com sua bela voz e sua lira, Samyaza também acompanhava com sua voz que depois daqueles anos caminhando com Rameel se tornara grave. Eles cantavam sobre a maravilhosa e perfeita Orion. No fim da canção, Rameel, viu aqueles estóicos criticarem, e chamarem sua Orion de utopia, então ele percebeu que aquele não era seu lugar.

O flautista em meio a gritaria dos críticos se apresentou aos novos amigos.

- Sou Ofanim o flautista de Baco, uma cidade tão bela quando á que descreves-te! Sai de lá ainda criança.

- Então nós acompanhe meu novo amigo, pois vamos á uma cidade como tal. Eu sou Rameel, e este jovem de 18 anos a mesma idade que tu apresentas é Samyaza.

Então Ofanim passou a acompanhar os dois, pois o excesso de sabedoria daquele povo tirava os risos e a felicidade de qualquer um, partindo assim na manhã seguinte. E inúmeras estações passaram, e os três caminharam e caminharam. Estranhamente Rameel continuava jovem e belo, não mudara nada, ainda com o ramo de oliveira entre as orelhas e o manto púrpura com a lira na mão, enquanto Samyaza e Ofanim já tinham barbas em seus rostos, haviam se tornados homens, já deviam ter seus 30 anos.

De traz de uma montanha na noite, viram uma forte luz, e de lá dava pra escutar o barulho das festividades. E Ofanim disse:

- Será lá sua Orion? Ou mesmo minha Baco? Se for minha Baco de lá não ira querer sair jamais.

- Bom espero que seja minha Orion e vós vereis que não menti!

Ao amanhecer pra lá rumaram, era a cidade Baco e não Orion, as festas lá duravam noites e dias, a musica não parava, bêbados estavam por toda a parte, lá por muito tempo Rameel e os outros dois cantaram sua canção sobre Orion. Mas depois de muitas luas, a felicidade deixava o rosto de Rameel, e ele viu que aquela não era como sua Orion, pois em na sua terra a luz era mais forte, a cidade mais bela, o perfume mais cheiroso, as mulheres eram as mais belas senhoritas e não aquelas meretrizes, e as pessoas eram felizes, não bêbadas como em Baco.

Então Rameel decidiu partir, Ofanim encantado não quis ir com ele, mas Samyaza foi. Muitíssimas estações se passaram, e a pele de Samyaza já estava enrugada, suas pernas cansadas, se tornara um velho, enquanto Rameel o jovem e belo de sempre. Chegaram em uma pequena vila feia, na sombra do carvalho, projetada naquele orteiro, se encontrava um velho eremita, logo Rameel já cantou sua historia, Samyaza tentava acompanhá-lo com sua voz já rouca pelo tempo.

O eremita, disse não saber de que cidade se tratava, tão maravilhosa utopia. Mas que aquela canção, havia feito ele lembrar de uma historia, que contou aos dois.

- Esta canção me lembra uma historia que ouvi quando criança, de meus tios que me criaram, é sobre meu pai. Eu tinha um ou dois anos de idade, meu pai quando se casou não tinha nem barba no rosto, ela se chamava Orion e ele Rameel, numa noite 3 assassinos invadiram a vila, entraram na casa onde morava, estruparam minha mãe e a mataram na frente de meu pai, ele em um frenesi, de algum modo matou os 3, nisso a casa começou a pegar fogo mesmo enlouquecido conseguiu me salvar. Depois dizem que ele enlouqueceu de vez, e dizia vir de uma cidade perfeita com o nome de minha mãe, e desapareceu da vila.

Nisso, uma lágrima escorreu do olho de Rameel, o ramo de oliveira apodreceu, a lira enferrujou, o manto se tornou negro, e ele e alguns segundos envelheceu uns 100 anos ou mais, caindo morto no chão. Samyaza então viu que aquele sonho mantinha a juventude de Rameel, e quando quebrado lhe trouxe a morte.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Metatron

Texto por Mateus S. Saraiva
Metatron é o anjo supremo que rege a mais alta ordem angelical, sendo líder de todos os outros anjos, tal Hierarquia sendo a original Cabalista chamada de Haioth Hakadosh e que se situa na Sephira de Kether, mas no nosso mundo ocidental sendo conhecida pela nomenclatura dada pelo Pseudo Dionioso o Areopagita em sua Teologia Mística de Serafins. Metatron é o anjo mais misterioso e enigmático de todos, ninguém sabe ao certo quem Ele é e nem a etimologia do seu nome, até mesmo o modo de escrever seu nome. Mas uma coisa é certa Metatron é o Ser que mais se iguala a manifestação da Divindade no Plano Espiritual.
Dentro dos significados de seu nome podemos encontrar, O Príncipe do Mundo, Rei dos Anjos, Anjo da Morte, entre outros, porém um dos mais prováveis seria uma corrupção grega do hebreu (meta ton thronón) "Mais próximo do Trono". Pela Gematria Metatron é comparado a YHVH, pois a correspondência de seu nome é 314 como o nome Divino Shaday. E assim sendo ele tem um nome como do seu Senhor.
Na leitura Talmúdica feita por Karaíta Kirkisani, Metatron é chamado de YHVH menor. Também no Talmude há um incidente com Elisha ben Abuya, conhecido também como Aher (O Outro), qual se dizia ter entrado no Paraíso e visto sentado no trono Metatron, em uma posição que se permitiria apenas ao próprio YHVH. Os Rabinos então explicam que ele tem a permissão de sentar lá por que ele é o escriba celestial, e cabe ao mesmo escrever todos os fatos de Israel.
O Zohar (O Livro do Esplendor) identifica Metatron como 'O Jovem' , e o identifica como o anjo que guiou o povo de Israel no deserto, e o descreve como um sacerdote celestial. Existem varias menções de Metatron também nos Apócrifos.
Ele simplesmente é o preferidoe o primeiro emanado de YHVH, e a sustentação da existência do mundo, ele é o que mais tem e distribui a "our" a Luz. O verdadeiro portador da luz, o verdadeiro Lúcifer, mas que nunca caiu como diz a tola lenda cristã. O verdadeiro Demiurgo, afinal ele é o pequeno Senhor, criador do Mundo. Ele é quem nos empoem em principal os testes para provar nosso interior e nossas virtudes e mantém as Leis Karmicas, e muitos tem o karma como algo ruim assim transformando Metatron naquela figura luciferica e sombria. Inclusive muitas ordens tem erroniamente o 'Ser' Lúcifer como Demiurgo, pseudo entidade que não passa de um erro da tradução da bíblia no século VII, se tornando apenas uma alegoria da Luz Astral. E o mais sombrio príncipe das trevas, e 'rival de Deus' tem seu trono não no inferno, mas no coração dos Homens, e atravez deste cria egregoras de demónios, do próprio Diabo e Lúcifer, e mais infinitas criações mentais sombrias, que só a Verdade e Força de YHVH e Metatron pode reduzir a nada.
A RESPEITO DAS IMAGENS
1ª a da esquerda; o pantáculo do sol com a figura de Metatron e o nome sagrado El Shaday, e em volta uma formula conjuratória em latim.
2ª a da direita; é o Cubo de Metatron, também chamado de a fruta da vida, feito pela geometria sagrada. É composto de 13 círculos, e cada circulo é considerado um 'nodo' que se conecta ao seguinte por uma única linha reta, com um total de setenta e oito linhas então criadas. E dentro do cubo se podem encontrar outros corpos, como os cinco modelos dimensionais dos sólidos platónicos. Nas escrituras cabalísticas esta escrito que Metatron criou este cubo de sua própria essência, e pode ser colocado ao redor de uma pessoa para protege-la.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Curiosidade - O Bode na Maçonaria


Dentro da organização maçonica, muitos desconhecem o nosso apelido de bode. A origem desta denominação data do ano de 1808. Porém, para saber do seu significado temos necessidade de voltarmos no tempo. Por volta do III ano d.C. vários Apóstolos saíram para o mundo a fim de divulgar o cristianismo. Alguns foram para o lado judaico da Palestina. E lá, curiosamente, notaram que era comum ver um judeu falando ao ouvido de um bode, animal muito comum naquela região. Procurando saber o porquê daquele monologo foi difícil obter resposta. Ninguém dava informação, com isso aumentava ainda mais a curiosidade dos representantes cristãos, em relação aquele fato. Até que Paulo, o Apóstolo, conversando com um Rabino de uma aldeia, foi informado que aquele ritual era usado para expiação dos erros. Fazia parte da cultura daquele povo, contar alguém da sua confiança, quando cometia, mesmo escondido, as suas faltas, ficaria mais aliviado junto a sua consciência, pois estaria dividindo o sentimento ou problema. Mas por que bode?


Quis saber Paulo. É por-que o bode é seu confidente. Como o bode nado fala, o confesso fica ainda mais seguro de que seus segredos serão mantidos, respondeu-lhe o Rabino. A Igreja, trinta e seis anos mais tarde, introduziu, no seu ritual, o confessionário, juntamente com o voto de silêncio por parte do padre confessor - nesse ponto a história não conta se foi o Apóstolo que levou a idéia aos seus superiores da Igreja, o certo é que ela faz bem à humanidade, aliado ao voto de silêncio, 0 povo passou a contar as suas faltas.


Voltemos em 1808, na França de Bonaparte, que após o golpe dos 18 Brumários, se apresentava como novo líder político daquele país. A Igreja, sempre oportunista, uniuse a ele e começou a perseguir todas as instituições que não governo ou a Igreja. Assim a Maçonaria que era um fator pensante, teve seus direitos suspensos e seus Templos fechados; proibida de se reunir. Porém, irmãos de fibra na clandestinidade, se reuniram, tentando modificar a situação do país. Neste período, vários Maçons foram presos pela Igreja e submetidos a terríveis inquisições. Porém, ela nunca encontrou um covarde ou delator entre os Maçons. Chegando a ponto de um dos inquisidores dizer a seguinte frase a seu superior: - "Senhor este pessoal (Maçons) parece BODE, por mais que eu flagele não consigo arrancar-lhes nenhuma palavra". Assim, a partir desta frase, todos os Maçons tinham, para os inquisidores, esta denominação: "BODE" - aquele que não fala, sabe guardar segredo.

Texto do Ir. Jose Castellani

domingo, 11 de janeiro de 2009

O Processo Iniciático

Texto por Mateus S. Saraiva

Nos tempos da iniciação, o indivíduo que esta se preparando para o mesmo, acaba se sentindo inseguro e as vezes até temendo, afinal a iniciação é um processo diferente de qualquer outra experiência que já tenha tido. Então ele se vê de frente para algo estranho e misterioso.

Sendo o ritual de iniciação, um processo ou meio para um fim, não se pode lhe dar uma simples definição. Mas de certo modo tudo que fazemos obedece a um ritual. Sempre que nos adaptamos a hábitos ou costumes sociais estamos realizando um ritual, como por exemplo usar certos talheres, escovar o dente em determinados horários, assistir a determinadas programações na TV da sala, e etc, e isto porque é um processo ritualístico pelo qual tentamos alcançar um determinado fim.

E se o ritual iniciático não nos preparar para alcançar a meta que desejamos, este nada significara e não terá valor algum. Por isso se deve ter em mente o fim que qualquer tipo de ritual visa. E ainda um ritual preparatório do tipo que leva a verdadeira iniciação, tem significados infinitamente mais amplos e profundos que os simples rituais sociais e formais. Assim o aspirante a iniciação deve mergulhar no espírito do ritual para melhor aproveita-lo e compreende-lo. E assim poder realizar o ritual perfeitamente em harmonia do seu microcosmo com o seu macrocosmo, pois um ritual imperfeito não passa de um movimento caótico.

A ritualística cerimonial normalmente é composta de toda uma tramaturgia, como exemplo mais comum e publico, os rituais religiosos da igreja catolica, onde há toda uma cerimonia complexa cheia de dogmas ou não, gestos, roupas, aparatos e oratórias sagradas. E na verdade todo este conjunto ritualístico perfeito, poderíamos dizer que seria a representação de certas leis Cósmicas, uma tentativa de união do microcosmo com o macrocosmo.

A experiência iniciática deve ir além do estudos, também estes devem ser aplicados, praticados. Afinal todo ser humano é composto de uma mente racional que deve aprimorar seus conhecimentos, e no seu intimo tem sempre um fundo emocional muito forte. E se o conhecimento não for aplicado na experiência, o ser fica vazio de essência e por fim o sentimento da emoção nunca amadurece de verdade, ficando sempre num estado forte comparado com a inteligência superior, porém primitivo. Como exemplo uma criança não tem obstáculos emocionais, se alguma ação sua for impedida ela poderá demonstrar uma emoção de coléra sem o mínimo esforço pelo contrario, agora um adulto com as emoções amadurecidas tem de saber reprimir a suas emoções sem se tornar frio e nem ferido pelo mesmo ato. Afinal a maioria da população adulta ainda tem suas emoções em um estado infantil, sempre sendo levados por causas segundas e guiados pelos seus sentimentos sem medir o resultado que terão.

O verdadeiro teste de maturidade de um individuo esta no controle de suas emoções. E pra isto ele deve conhecer a si próprio. E assim quando um Homem esta de frente para algo novo e desconhecido, suas emoções passam a domina-lo e muitas vezes o desejo por conhecimento não supera seu medo. O submetendo assim ao erro e à um mundo de superstições e medos. Na verdade o processo iniciático é a ponte pelo qual passamos a um estado psicológico adequado para lidar com os mistérios e o desconhecido, mas antes o indivíduo deve meditar e refletir sobre seu próprio interior.

A partir de então o iniciado deve perceber em seu desenvolvimento psicológico, que cada atividade na sua iniciação tem ou teve um significado para a evolução de sua consciência. as vezes o iniciado se aprofunda tanto nos mistérios que se vê de frente com a loucura, ou até mesmo antes da iniciação, e assim é, até ele perceber que a própria vida é uma grande iniciação, que nos prepara para transcendermos e passarmos atravez dos portais da morte. Onde ele passa estudando, experimentando elementos de um grande processo iniciático que esta na própria natureza e no cosmos, e então em tal estagio percebe que os acontecimentos da vida e do mundo não são caóticos e aleatórios, mas todos tem um significado. Tendo o real fim do processo iniciático a completa iluminação.