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terça-feira, 22 de março de 2011

Curso de Alta Magia em São Paulo dias 21, 22, 23, 24 de Abril.

O que é Magia e Quem é o Mago
Advertências a respeito da Magia
Qualidades do Mago
Os instrumentos do Mago
Introdução a Cabala e a Árvore da Vida

Os Planos e as Vibrações Mentais
Sobre o Astral
O Magnetismo
Os Chackras
Astrologia
Horas Mágicas
Lunário Mágico
Espíritos Planetários e Propriedades Mágicas dos Planetas
Os Pantáculos
Sobre a Purificação
Disciplina Mental e Corpóra
A visualização
A Viagem Astral
Métodos de Divinação
Palavras de Poder
Exercícios de Proteção
Ritual Menor do Pentagrama
Ritual Menor do Hexagrama
Exercício da Pilastra Mediana A evocação e a Invocação
A sigilação
Ritual de Auto-Iniciação Conjurações e Consagrações
Processo de Conjuração dos Espíritos
Ritual do SAG (Santo Anjo Guardião)
Sobre a Magia Negra (Feitiçaria)
Personagens Históricos
Grimórios
Justino Nigro, Nº 384, Interlagos, próximo a estação de trem Autódromo.
DIAS: 21, 22, 23 e 24 de Abril (Quinta, Sexta, Sábado e Domingo) das 010:00 as 16:00 horas.
Dividido em 4 partes, com intervalo para almoço. Carga 20 horas. Com teoria e prática.
Investimento R$300,00 acompanha apostila encadernada. Pode ser feito em até 12 vezes no Cartão de Credito pelo Mercado Pago com antecedência, consultar esse meio de pagamento por e-mail.
Contato: magusportae@hotmail.com
Telefones:
(0xx35) 37227387 (Falar com Mateus)

quarta-feira, 2 de março de 2011

Baphomet - A ciência que protesta contra a idolatria, pela própria monstruosidade do ídolo.




Na classificação e explicação das gravuras de seu livro Dogma e Ritual da Alta Magia, Eliphas Levi classifica a imagem de Baphomet como a figura panteística e mágica do absoluto. O facho representa a inteligência equilibrante do ternário e a cabeça de bode, reunindo caracteristicas de cão, touro e burro, representa a responsabilidade apenas da matéria e a expiação corporal dos pecados. As mãos humanas mostram a santidade do trabalho e fazem o sinal da iniciação esotérica a indicar o antigo aforismo de Hermes Trismegisto: "o que está em cima é igual ao que está embaixo". O sinal com as mãos também vem a recomendar aos iniciados nas artes ocultas os mistérios. Os crescentes lunares presentes na figura indicam as relações entre o bem e o mal, da misericórdia e da justiça. A figura pode ser colorida no ventre (verde), no semicírculo (azul) e nas penas (diversas cores). Possuindo seios, o bode representa o papel de trazer à Humanidade os sinais da maternidade e do trabalho, os quais são signos redentores. Na fronte e embaixo do facho encontra-se o signo do microcosmo a representar simbolicamente a inteligência humana. Colocado abaixo do facho o símbolo faz da chama dele uma imagem da revelação divina. Baphomet deve estar assentado ou em um cubo e tendo como estrado uma bola apenas ou uma bola e um escabelo triangular.

Agora seguimos para um trecho do livro As Origens da Cabala também por Eliphas Levi.

Tem.'. o.'. h.'. p.'. Abb . .

Binario verbam vitm mortem et vitam equilibrans

Existem várias figuras de Baphomet. Por vezes tem barba e cornos de bode, a face de um homem, o seio de uma mulher, a juba e as garras de um leão, as asas de uma águia, os flancos e o casco de um touro.

É a esfinge de Tebas rediviva, o monstro cativo e simultaneamente vencedor de Édipo. É a ciência que protesta contra a idolatria, pela própria monstruosidade do ídolo.

Leva entre os cornos o facho da vida, e a alma vivente deste facho é Deus. Os israelitas estavam proibidos de dar às concepções divinas figura humana ou animal; por esta razão é que apenas ousavam esculpir querubins, quer dizer esfinges com corpos de touros e cabeças de homem, de águia ou de leão. Tais figuras mistas não reproduziam, na totalidade, nem a forma humana nem a de nenhum animal. Esses conjuntos híbridos de animais fantásticos tornavam compreensível que o signo não era um ídolo ou a imagem de alguma coisa vivente, mas a representação de um pensamento.

Não se adora a Baphomet nesta imagem informe, e sem semelhança alguma com os seres criados, mas sim a Deus. Baphomet não é um Deus, é o signo da iniciação; é também a figura hieroglífica do grande tetragrama divino. É uma lembrança dos querubins da arca e do Santo dos Santos.

É o guardião da chave do templo. Baphomet é semelhante ao Deus negro do rabi Schimeon. É o lado obscuro da face divina. Por esta razão, nas cerimônias iniciáticas, exigia-se do recipiendário que desse um beijo na face posterior de Baphomet, ou do diabo, para lhe dar um nome mais vulgar. Bem, no simbolismo da cabeça de duas faces, a que está atrás de Deus é o diabo, e a de detrás do diabo é a figura hieroglífica de Deus.

Por que o nome franco-maçons ou de maçons-livres? Livres do quê? Do temor de Deus? Sim, sem dúvida, porque quando se teme a Deus é que se O olha por trás. O Deus formidável é o deus negro, é o diabo. Os franco-maçons querem erigir um templo espiritual ao Deus único, ao Deus da luz, ao Deus da inteligência e da filantropia; em troca, movem guerra ao deus do diabo e ao diabo de deus. Porém inclinam-se ante as piedosas crenças de Sócrates, de São Vicente de Paula e de Fénelon. Os que, com Voltaire, apelaram de bom grado à infâmia, são aquela cabeça, ou melhor, aquela besta que na Idade Média ocupara o lugar de Deus.

Quanto mais viva é uma luz, mais negra a obscuridade que se lhe antolha. O cristianismo foi, ao mesmo tempo, a salvação e o castigo do mundo; é a mais sublime de todas as sabedorias e a mais espantosa das loucuras. Se Jesus não fosse Deus, seria o mais perigoso dos malfeitores. O Jesus de Veuillot é execrável; o de Renan indesculpável; o do Evangelho inexplicável; porém o de Vicente de Paula e o de Fénelon são adoráveis. Se o cristianismo é para vós a condenação da razão, o despotismo da ignorância, sois o inimigo da humanidade. Entendeis por cristianismo a vida de Deus na humanidade, o heroísmo da filantropia que, com o nome de caridade, diviniza o sacrifício dos homens que, através da comunhão, vivem na mesma vida e inspiram-se no mesmo amor.

A religião de Moisés é uma verdade; o pretenso mosaísmo dos fariseus era uma mentira.

A religião de Jesus é a mesma verdade que deu um passo adiante, revelando-se aos homens através de uma nova manifestação.

A religião dos inquisidores e dos opressores da consciência humana é uma mentira.

O catolicismo dos Padres da Igreja e dos santos é uma verdade. O catolicismo de Veuillot é uma mentira.

É esta mentira que a franco-maçonaria tem por missão combater em proveito da verdade.

A franco-maçonaria não abriga as doutrinas dos Torquemada, dos Escobar. mas admite como símbolos as de Hermes, de Moisés e de Jesus Cristo. O pelicano ao pé da cruz está bordado na cinta dos iniciados de maior grau, e não proscreve mais que o fanatismo, a ignorância, a néscia credulidade e o ódio, porém crê no dogma, único em seu espírito e múltiplo em suas formas, que é o da humanidade. Sua religião não é nem o judaísmo, inimigo dos demais povos, nem o catolicismo exclusivo, nem o protestantismo estreito; é o catolicismo verdadeiramente digno deste nome, quer dizer, a filantropia universal. É o messianismo dos hebreus!

Tudo é verdade nos livros de Hermes. Porém, por ocultá-Ios tanto aos profanos, terminou-se por torná-Ios inúteis ao mundo. Tudo é verdade no dogma de Moisés; o que é falso é o exclusivismo e o despotismo de alguns rabinos. Tudo é verdade no dogma cristão, porém os sacerdotes católicos cometeram as mesmas faltas que os rabinos do judaísmo.

Estes dogmas se completam e se explicam uns aos outros e sua síntese será a religião do porvir.

O erro dos discípulos de Hermes foi o seguinte: É preciso deixar o erro aos profanos e fazer a verdade impenetrável a todo mundo, exceto aos sacerdotes; este o amargo fruto desta doutrina. A idolatria, o despotismo e os atentados aos sacerdotes foram os amargos frutos desta doutrina.

O erro dos judeus foi a crença de que constituíam uma nação única e privilegiada e que eram os únicos herdeiros de Deus. E os judeus, por represália cruel, foram amaldiçoados e perseguidos por todas as nações.

Os católicos cometeram três erros fundamentais: 1.° - Acreditaram que a fé deve ser imposta por força à razão e até à ciência cujos progressos combateu. 2.° - Atribuíram ao Papa uma infalibilidade, não somente conservadora e disciplinar, mas absoluta como a de Deus. 3.° - Acreditaram que o homem deve diminuir-se, anular-se, converter-se em desgraçado nesta vida, para merecer a futura, ao passo que, contrariamente, o homem deve cultivar todas as faculdades, desenvolvê-Ias, engrandecer a alma, conhecer, amar, embelezar a existência, numa palavra, fazer-se feliz, porque a vida presente é a preparação da futura e a felicidade eterna do homem começará quando tiver conquistado a paz profunda que é a resultante dum equilíbrio perfeito.

A conseqüência de tais erros foi o protesto da natureza, da ciência e da razão, que fazem crer, por um momento, na perda de toda fé e no aniquilamento de qualquer religião da terra.

Mas o mundo não pode sobreviver sem religião, como sem coração não pode existir o homem! Quando todas as religiões tiverem morrido, viverá a religião universal e única, será a conformidade de todos os homens na crença e na solidariedade universal, unidade de aspirações, diversidade de expressões, ortodoxia na caridade, universalidade quanto ao fundamento e, não direi indiferença, porém deferência para as formas análogas ao gênio dos diferentes povos, perfectibilidade dos dogmas, melhoramento possível dos cultos; porém, no fundo de tudo isto, a grande e imutável fé de Israel num único Deus, imaterial, imutável, e insubstancial, em que todas as figuras convencionais e imaginadas são ídolos, numa só razão que é a lei universal de todos os seres, e numa só nação, que é o instrumento de Deus para a criação e a conservação dos insetos e dos universos!

Assim é que, sob os auspícios e pela influência comercial de Israel, esperamos que se estabeleça, finalmente, na terra:

A Associação de todos os interesses.
A Federação de todos os povos.
A Aliança de todos os cultos.
E a solidariedade universal.