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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O Carnaval e suas origens pagãs.


Texto por Mateus S. Saraiva

O Carnaval é popularmente um período de festas regidas pelo ano lunar no Cristianismo da Idade Média. Vem da Vulgata latina da palavra Carnivale, que quer dizer "adeus à carne" e deu origem a palavra Carnaval. Foi supostamente implantado no século XI pela igreja católica onde vários festejos populares antecediam os 40 dias de jejum da quaresma. E então cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes.

Não diferente de hoje eram festas de muita alegria, folia e sempre que possível orgias. Na renascencia foi marcado pelos fabulosos bailes de mascaras. Na realidade, por mais que dizem que o Carnaval foi só implantado no século XI da era cristã em seus festivais, ele é muito mais antigo e de origem pagã. Como muitos outros festivais pagãos adaptados pela igreja católica.

Desde tempos imemoriais no Egito antigo, realizava-se a festa do boi Apis - animal sagrado. Escolhia-se o boi mais belo e todo branco o qual era pintado com várias cores, hieróglifos e sinais sagrados. O boi era conduzido pelas ruas e levado até o Rio Nilo, onde era afogado. Em procissão, sacerdotes, magistrados, homens, mulheres e crianças, fantasiados grotescamente, iam atrás dele dançando e cantando, até seu afogamento.

Na Grécia, como a origem mais exata, tinha o nome de 'Festival Dionisíaco' em honra ao deus do vinho Dionísio, e em Roma, o nome era bacanal em homenagem ao deus Baco, equivalente ao deus grego, e era noramlamente realizados por volta do dia 4 de Outubro. Nessas comemorações, a principio apenas sacerdotisas e sacertodes de Dionísio realizavam suas ritualisticas religiosas em templos fechados, homenageando o deus. Mas com o tempo o povo tomou conhecimento desses festivais e a aristocracia então misturava-se com os pebleus, e os tribunais e estabelecimentos oficiais se fechavam, e se abriam todos os lugares de divertimentos, onde a bebedeira de vinho, orgia e os prazeres sensuais eram inumeráveis.

Até mesmo a figura no Carnaval atual do rei Momo é uma representação de Dionísio ou Baco, o patrono do vinho e do seu cultivo, e isto faz recuar a origem do Carnaval para a Grécia arcaica, para os festejos que honravam a colheita. Sempre uma forma de comemorar, com muita alegria e desenvoltura, os atos de alimentar-se e beber, elementos indispensáveis à vida.

Nem os imperadores de Roma, nem o Papa, depois da cristianização, conseguiram conter e controlar estes festivais, o que levou a igreja adaptar este festival as comemorações católicas. Por fim as orgias e a confusão diminuíram, ainda mais com a inquisição. E ele então se espalhou pela Europa e depois chegou às Américas. Onde pôde se misturar às influências das culturas indígenas e africanas. Por fim como podem ver o Carnaval não passa de mais um festival pagão cristianizado pela igreja.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Atualização do Site.

O site teve todo o texto revisado, com os creditos para minha amiga Jornalista Priscila.

Incluidas imagens de modelos para o cabo de espadas e adagas/athames.

Na bilioteca foram incluidos os livros:

Magia Prática de Franz Bardon.

Uma parte do livro Tratado Elementar de Magia Prática do Papus.

Ainda esta semana serão colocados arquivos de audio para o auxilio na Viagem Astral feitos por Wagner Borges, e o livro Cláviculas de Salomão que traduzi.

Visitem o site: www.magusportae.hpg.com.br

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Site Magus Portae Finalmente no ar!!! www.magusportae.hpg.com.br



Finalmente o site da Magus Portae esta no ar!


Públicado como setimo post do blog, e pra dar muita sorte nesta Sexta-Feira 13. rs


Lá no site terá todos os produtos, pantáculos que faço, também tem uma biblioteca onde periodicamente colocarei livros e documentarios, inclusíve lá já imagens de diversos pantáculos e produtos, e também na biblioteca tem o Livro de Enoch, e o documentario Conexão Atlante.


Conforme atualizar o site, informarei por aqui. Aguardo a visita de todos. Segue o link do site abaixo.


>www.magusportae.hpg.com.br

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Etimologia da Magia



Texto por: Mateus S. Saraiva

A magia basicamente é considerada uma ciência oculta que estuda os aspectos ocultos do homem, da natureza, do universo e da divindade. E também procura a aplicação dos mesmos. Chamada pelos antigos de Grande Ciência Sagrada, a etimologia da palavra magia deriva da palavra Magi de linguagem persa que quer dizer Homem Sábio. Dessa origem persa derivaram as palavras latinas Magus (Mago), Magiae (Magia), Magister (Mestre).

Os antigos acreditavam no poder dos homens e que através da magia e certas cerimonias e rituais elaborados, eles poderiam comandar os deuses, assim representado os deuses são, na verdade, os poderes ocultos e latentes na natureza. Muitos dizem que Magia, e atuação da vontade sobre algo para conseguir um determinado fim. Qual é uma definição extremamente incompleta, pois basicamente nesse sentido a Magia seria a atuação consciente da vontade sobre as forças da luz astral (Ether, Akasha, Magnesium, Azoth, Energia, entre outros termos), ou sobre a própria força vital, ou ainda então sobre o magnetismo cósmico para assim conseguir um determinado fim.

Mas em verdade a Magia é muito mais que esta simples consideração, ela é uma ciência que aborda quase todas as outras ciências, em principal as comuns, escolares ou académicas. Afinal no passado a própria Geometria, Geografia, Astronomia, Escrita, Filosofia entre outras foram ciências reservadas a poucos que o leigo ou homem comum não tinha conhecimento e eram juntamente sempre usadas com o espiritual e o sagrado.
Então na realidade a Ciência da Magia abordaria tais outras ciências como, matemática, geometria, física, química, biologia, botânica, historia, interpretação de texto e línguas, geografia, fisiologia, filosofia, psicologia, teologia, mitologia, astronomia, metafisica, astrologia, divinação, hermetismo, cabala, feitiçaria (de modo algum no sentido de ilusionismo, mas sim de atuação sobre a luz astral, o magnetismo e a força vital), espiritualismo, alquimia (na pratica interior como a filosofia e o simbolismo, na pratica exterior como a química), Yoga (ou qualquer pratica de harmonização e equilíbrio do corpo e da mente), e a junção de todos estas ciências e mais algumas que provavelmente me esqueci de colocar constituem a ciência da Magia ou a chamada filosofia oculta.

De modo algum é algo simples, mas sim tão complexo que o iniciado pode passar esta vida e a eternidade estudando que o conhecimento e a sabedoria nunca terá fim, mas uma coisa com o estudo adequado da Magia tem fim, a ignorância e as trevas.

A Sombra e a Luz


A alternância entre a Sombra e a Luz sem dúvida tem fascinado o homem desde a aurora da humanidade, primeiro na natureza terrestre, depois em sua própria natureza.

Na busca da sua verdadeira identidade nesta terra do exílio, o homem hoje se reconhece sombra por sua densidade corporal e se reconhece a luz "poruqe é aquele que traz em si o que é maior do que ele". Este é o ensinamento do Martinista. Mas quantos seres percebem a centelha luminosa que brilha em seu interior? O homem deve necessariamente tomar consciência da essênsia divina em si, se quiser descobrir Deus.

Quer se aperceba disso ou não, o homem é uma chave da Natureza divina e do Universo. Embora Deus se manifeste em suas obras, o homem não pode conhecê-lo perfeitamente em si mesmo, a não ser pela contemplação. Conseqüentimento, o homem tem como futuro tornar-se luz e, como meio, a sabedoria que é a visibilidade de Deus. Essa sabedoria "preside a todos os nascimento espirituais", como escreveu Jacob Boehme. Se ele está destinado a se tornar luz é porque seu estado, ou melhor, seus limites o compelem a se elevar para o seu estado primeiro. No mundo manifesto, o homem é limitado por suas próprias esperanças e seus próprios desesperos. Ele não é luz em trevas, mas uma sombra que tende a se desfazer na medida em que ele se abre para a espiritualidade.

Diz o místico que uma "claridade não luminosa não é percebida". OS iniciados são atraídos pelos mistérios, ou seja, pela Luz da Verdade, as outras pessoas são atraídas pelas imagens e parábolas, ou seja, pela sombra da Verdade. Essa sombra afeta os pensamentos e os sentimentos, no sentido de que ela é a oposição das virtudes divinas. Por exemplo, a sombra da alegria é a tristeza congelando a vida, como a máscara congela a expressão. Os maus pensamentos são, de algum modo, pensamentos de sombra, onde as virtudes não conseguem se expressar.

O "homem da torrente" é essa claridade não luminosa, porque leva a vida nutrindo-se de pensamentos em grande parte centralizados em sua própria pessoa. Ele tem uma visão incorreta da situação presente e do destino humano, utilizando sua energia e talentos para a finalidade de alimentar sua inquietude. O homem da torrente possui autoridade material, mas não tem a autoridade espiritual, que é o fato de sentir e ouvir a verdadeira Palavra em seu ser. A Palavra divina equilibra a luz e as trevas no corpo do homem, sem o que este seria envenenado pela angústia e aniquilado pelo sofrimento.

A cegueira interior conduz forçosamente às trevas. A vida sempre perde o viço quando não se apoia nos fundamentos divinos. O homem vivencia um inferno passivo quando seus pensamentos não são mais purificados na fonte interior, ou um inferno ativo quando suas paixões o impelem a ações demoníacas.

É importante não confundir o que está oculto com o que está na sombra. A sombra pode ser definida como uma solidão. Somos sós porque nos separamos de Deus. Por extensão, quando nos separemos dos outros homens, freqüentimente é para nos descobrirmos, ou seja, para descobrirmos Deus. A respeito dos mistérios, nosso Venerado Mestre Louis Claude de Saint-Martin dizia que "a origem oculta das coisas é um testemunho de sua eterna e invisível fonte". Assim, os mistérios são uma chave que aproxima o homem de Deus, enquanto que a sombra é um meio importante para encontrar essa chave. Aliás, tudo que compõe a Criação possui uma sombra, pois "cada coisa deve fazer sua própria revelação".

Como habitante do mundo, o homem deve sua salvação à misericórdia divina. Estando colocado entre a Divindade e a obscuridade, sua tarefa é espalhar a Verdade para que sejam dissolvidas as sombras que se misturam à Luz. Ele está encarregado de ser um auxiliar de Deus no plano terrestre, para pacificar e aperfeiçoar, ali onde o Divino age através do homem. Consciente, o ser humano tanto tem condições de manifestar grandeza pelo desenvolvimento de suas faculdades nos mais diversos campos, como obscurecer-se na ignorância e na ruína, que são o caminho dos vícios mais odiosos que conduzem às trevas. A inocência infantil irradia todos os elementos benfazejos para a construção de uma vida espiritual, mental e física harmoniosas. Mas esses elementos do bem são com muita freqüência aniquilados por um livre arbítrio e uma vontade que se encontram fechados às leis eternas.

Atravessar caminhos é um estado mental para os homens que ignoram que sua alma é um pensamento de Deus e que, portanto, o destino humano só pode ser espiritual. Em outras palavras, existe um caminho traçado para todos aqueles que sentem o chamado da Verdade, embora não estejam livres de passos em falso e pensamentos negativos. Esses não se desgarram porque se mantêm na estrada real, e só se atrasam devido aos seus erros quando, por exemplo, geram suas angústias e as vivenciam.

No interior do homem, a misericórdia divina se expressa na força que lhe é concedida para poder resistir as fraquezas e às coisas fáceis. Em outras palavras, a Fé o afasta da tentação e suas conseqüencias. Assim como o sangue dissolve e assimila os alimentos, evitando uma intoxicação, assim também essa força, que age sem cessar, decompõe e transforma os pensamentos mais viciosos. Sua eficácia é tanto maior quanto mais prisioneiros do Ego sejam os pensamentos. Essa marca divina, esse princípio universal, é uma fonte da vida eterna que une Deus e o homem numa aliança sagrada ou, como escreve nosso venerado Mestre Louis Claude de Sant-Martin: "Deus e o homem podem se conhecer na luz". Essa aliança existe em todos os homens, seja qual for seu nível de consciência. E por isso que as sombras turvam o pensamento, mas não podem cristalizá-lo numa forma tenebrosa. É fácil observar sua dissipação e até mesmo seu desaparecimento quando preces e meditações são expressadas em locais tornados sagrados pelo verdadeiro Desejo. O espargimento do sopro divino é então favorecido e banha nossos pensamentos. Estes respiram a pureza ao se eriquecerem com as virtudes mantidas secretas pela mente. Os raios de luz ficam então quase que deslumbrar a consciência.

O verdadeiro Desejo se reveste de uma importância particular para o Martinista. Ele é, na verdade, a passagem obrigatória do cavaleiro para sua reintegração. A luz que não pode ser compreendida, a não ser pela revelação, está no final do caminho. A sombra se revela então sob uma nova forma. Ela não aparece mais como barreira desprezível, e sim como um meio de compreender os homens, e melhor entender suas dúvidas e infelicidade. A angústia talvez não seja mais do que a "oposição entre o desejo tenebroso e o desejo luminoso" enquanto a natureza divina não tiver sido compreendida como uma entidade viva no homem.

A consciência humana é como uma árvore que cresce simultaneamente por obra de suas raisez subterrânias e também por obra das folhas que absorvem a luz, uma fazendo sombra às outras; o conjunto, entretanto, desenvolve a harmonia. Analogamente, a adversidade e a riqueza dos pensamentos e experiências constituem o cadinho de evolução da humanidade. Entre sua própria cosnciência e a dos outros, surgem no homem menos zonas de sombra do que entre seu corpo físico e de outrem, embora estejamos todos infundidos com a Verdade divina. NAconsciência, a sombra e a luz parecem são se exluir. Pelo contrário, parecem se misturar para preparar a expanção de um sentimento misterioso: o Sagrado.

O Sagrado está em estado latente em todo o ser humano. Tomas consciência e também fazer tomar consciência é ser esclarecido pelos valores morais universais que não podem nem devem ser ignorados. É, acima de tudo, o emio de aproximar os homens, para que estes se aproximem de Deus. Dedicar-se às consciências, este é o dever exterior do Martinista, desde que ee saiba que seu dever interior é orar.

Quando a luz e sombra se defrontam em seu interior, o homem vive momentos dramáticos, polis existe a incomunicabilidade com Deus, ou seja, a perda total da língua original que o liga a Ele. Os pontos de referência humanos são a ilusão, a idolatria e as iniqüidades. Mas, se pode acontecer do homem não ser capaz de se comunicar com o Divino, o mesmo acontece com o Divino em relação ao Homem. Constantemente um raio de sabedoria penetra na sombra que está no ser, infundindo seus pensamentos e ações. Esse raio luminoso é sentido pelo homem da torrente através de sua densidade corporal e mental. É no seu exterior, entretanto, que ele procura uma correspondência que o ajude a compreender. Neste situação é que acontece de um homem da torrente prestar atenção a um Martinista. Essa ressonância existe porque o Desejo se instala ou se expande no coração do místico.

Em busca da sabedoria, o Martinista te condições de captar a oposição construtiva entre luz e sombra pela contemplação de sua própria dualidade. O desejo de conhecer Deus torna-se o desejo de servir a Deus, na medida em que ele descobre o Ser Supremo e Seu amor pelo homem. Desse forma, fica predisposto a compreender os homens mais desfavorecidos.

O fardo do Martinista é difícil de carregar, mas seu ardor recebe o auxílio da Mão Divina, unindo sem cessar a vontade humana ao Desejo profundo. Esse Desejo faz do verdadeiro servidor de Deus um gerador de energia, cuja missão é espargir luz para melhor dissolver a angústia e a dúvida que o cercam, transmutando em outros a energia obscura em energia luminosa.

Toda a obra do Martinista se econtra na maneira de administrar os assuntos de Deus e não legislar em Seu lugar, pois em conseqüência disto o homem paga hoje um pesado tributo. Por isso, ele não deve se preocupar com seu progresso na senda divina, nem limitar-se na ação ao seu nível de consciência, pois a luz se harmoniza com seu ser. A única necessidade assume a forma do Desejo de serviço, ao longo de toda sua evolução.

O estudante Martinista desenvolve suasvirtudes na sombra, ou seja, sobre uma base da mesma natureza que a dele, pois seus pensamentos ainda estão alterados pelas nuvens da ignorância, a despeito de uma vontade serena e uma esperança viva. Sua alma deve ser reanimada pela iniciação e forjada pela experiência.

O homem de desejo a luz velada. Ele sai da sombra e vive na claridade, tendo descoberto o fogo da virtude que o harmoniza e lhe confere a missão de mostrar Deus no coração dos outros homens.

O novo homem é o pensamento de Deus. Ele está na luz. O reino de seu amor e de sua ação ali se encontra doavante, tendo ele cessado de acreditar na barreira imaginária da consciência dos homens. Suas convicções mentais ederam lugar a revelação e Deus se expressa através de suas palavras.

Assim, ao tornar-se um "obreiro" de Deus, o Martinista prepara a reintegração de seus semelhantes e particpa da elevação de outras criaturas viventes. Sua menssagem não é simplismente fazer sentir que a luz está no homem? Jacob Boehme disse que a luz é "o símbolo da expansão de um ser por sua elevação, enquanto que a obscuridade simboliza o estado depressivo da ansiedade e de seu rebaixamento".

Se toda luz pressupõe uma sombra, não há qualquer dúvida de que é a sombra que deve servir à luz e não o inverso. O homem não poderá se desgarrar se seguir com o olhar interior o raio que une sua sombra com a claridade, o qual ele é suscetível de ver em seus momentos de meditação e elevação espiritual. Em harmonia consigo mesmo, ele não pode recusar a Palavra luminosa. Ele tem tudo para reonhecê-la, não como um possível substituto para os seus sentidos, mas como um princípio de sua natureza. A visão ensombrada, velada, dos sentidos não é o intervalo entre a cegueira das Trevas e o olhar luminoso para o Absoluto? Neste sentido, lembremo-nos sempre das palavras de São João: "A luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a compreenderam".

Texto da revista "O Pentáculo da Ordem Tradicional Martinista, ano IV nº IV. Digitalizado por Mateus S.Saraiva.