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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Site Magus Portae em Manutenção.

Apenas para informar a todos os visitantes do site Magus Portae que ele esta em manutenção, para melhoramento de suas funções e também por uma estética melhor. Por tal motivo a maioria dos links estão fora do ar. Ele deve estar pronto antes do final do ano, ou então em Janeiro.

Ateniosamente a todos.
Mateus.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Incenso Ketoret




Fonte: http://www.kabalistica.com/ketoret.php

Tradução: Gabriela Ayres

Em março de 1988 foi encontrado em uma caverna de Qumran, uma pequena jarra que continha um oléo avermelhado. Acredita-se que é a única amostra sobrevivente de um óleo balsâmico, descrito na Toráh para ungir o Mishkan (Tabernáculo) e seus vasos, assim como os kohanim, sacerdotes e reis de Israel. O óleo – quando foi encontrado – tinha uma consistência como o mel. A jarra em que o encontraram, estava embrulhada em folhas de palmeiras, cuidadosamente dobradas e preservadas em um poço com profundidade suficiente para evitar que se desperdiçasse devido às intempéries do tempo externo da zona.

Quatro anos depois, descobriram 600 quilos de uma substância orgânica avermelhada dentro de um silo, construído com rochas, em outra parte do complexo de Qumran. Uma série de análises determinaram que a dita sustância avermelhada continha pelo menos oito das onze espécies que eram utilizadas em Pitum haQetoret (mistura de incenso) e oferecidas no Templo.

Alguns anos mais tarde, foi apresentado uma amostra perante dois rabinos que a deram à seus próprios profissionais químicos para analisar a qualidade orgânica, e sugeriram que se queimasse uma porção dessa mistura com propósitos científicos (para tal, utilizaram ácido cloridrico e fogo). Também foi sugerido que a queimasse junto com outras duas espécies que se escontraram no outro lado da caverna.

Os resultados foram assombrosos. Se por um lado, as espécies haviam perdido algum traço da sua potência ao longo dos milênios desde seu enterro, por outro ainda eram poderosas. O resíduo da fragrância permaneceu nos arredores por inúmeros dias depois da experiência. Muitas pessoas informaram que seus cabelos e roupas consevaram o mesmo perfume. Ainda mais assombroso, a área onde foram queimadas as espécies, mudou radicalmente já que estava infestada durante meses, com formigas, mosquitos e outros insetos, que logo depois da experiência do incenso, desapareceram magicamente.

Depois de Ketoret, nenhum inseto foi visto por um bom tempo. Isto traz lembrança da Mishná em Avot 5:5 (Talmude) que diz que não havia moscas na área do Templo.

O poder e efeito prolongado do Ketoret estão também escritos no Talmude Yoma 39b, que as cabras em Jericó (ao norte de Qumrán) espirravam ao sentir o cheiro do Ketoret, e as mulheres não precisavam se perfumar. Em Jerusalém as noivas não precisavam usar seu perfumeiro (um pingente com misturas de ervas) em virtude do dulcíssimo e onipresente cheiro do Ketoret.

O Ketoret e a Bíblia

No Talmude (Arajin 16ª) está escrito que em Beit haMikdash (Templo), o Mishkán (Tabernáculo) assim como os vasos sagrados, o Aron Hakodesh (Arca sagrada), a Menoráh (o candelabro), o Mizbeaj haKetoret (Altar do Incenso), as roupas do Cohen Hagadol (Sumo Sacerdote), as cinzas dos sacríficios, etc., não eram só arterfatos físicos, mas sim, representavam níveis espirituais para estar mais perto de Deus. O mesmo acontece com o Óleo (Shemen) e o Ketoret.

Da leitura de Exôdo 30, podemos destacar que o óleo da unção e o Ketoret estão muito ligados um ao outro, já que contêm várias especiarias iguais.

Outra coisa que podemos destacar é que ambos são muito sagrados. Sagrado em Hebreu se diz Kodesh, quando algo é Kodesh se deve afastar-se e ser mantido separado, adquirindo por tanto o poder de santificar e elevar tudo ao redor (Shabat Hakodesh, Torat Hakodesh, lashon Hakodesh, Ierushalaim Ir Hakodesh, etc.).

Da Kabalah, podemos dizer que o incenso consistía em dez perfumes ou especiarias com uma agradável fragância, e uma especiaria a mais, jelbená (gálbano), com un cheiro horrível. Essas espécies eram misturadas para serem usadas no Templo. Como as onze especiarias representavam as dez, mais uma sefirot (ou originária) da Árvore da Vida do Universo de Tohu (caos), se diz entre tanto que representam a completa retificação do mal. Isto é indicado pela junção da 11ª especiaria, gálbano, que faz menção a elevação do mal retornando ao reino sagrado.

O Talmude (Shabat 89ª) ensina que Moisés foi instruído sobre o mistério do incenso pelo Anjo da Morte (o Anjo da Morte revelou a Moisés que o Ketoret tem poder de anular um decreto maligno, ainda que fosse o da morte).

Por que o Ketoret supera a maldade da morte? De onde sai o seu poder? Obtêm-se do fato da pulverização das especiarias se assemelharem ao rompimento da morte das sefirot originais. As sefirot originais dão luz com uma pequena porção de escuridão. A escuridão não poderia se manifestar como “mal” integro até que a luz fosse “pulverizada”. O rompimento da luz se demomina morte e escuridão. Mas o Ketoret, na precisa forma que está, e especialmente pelo número e natureza dos seus ingredientes tem o poder de sobrepôr-se a morte e a escuridão, e tranformar completamente o mal, tanto em nós e no mundo, no bem.

O Jelbená

O incenso consistia em dez especiarias, ou perfumes, com boas fragrâncias e uma 11ª, gálbano, com um cheiro horrível que se refere a elevação do mal no reino sagrado.

É interesante observar que o jelbená, uma das quatro especiarias mais importantes do Ketoret, descrita no Toráh, corresponde a nada mais nada menos que o carbono, ao carbono animal, um dos quatro elementos primários encontrados no Universo, que junto com o oxigênio eram essenciais para manter a vida!

Continuando com a idéia das dez fragrancias especiais e uma desagradável, o Talmude diz: (Keritot 6b): Todo jejum coletivo que não inclua os pecadores de Israel, não é jejum”.

Isto tem a ver com o fato de que o incenso tinha jelbená. Assim como o jelbená, era preciso que o incenso adquirisse esse aroma, uma congregação não está completa sem alguém que tenha errado e queira redimir-se através do arrependimento. Em particular quando um castigo era decretado contra Israel devido a alguma má ação, este mesmo mal deve ser elevado. Entre tanto, a idéia de trasformar o mal, o elevando novamente a sua fonte no sagrado está incorporanda no incenso. É por essa razão, que todo jejum coletivo deve incluir os pecadores de Israel.

A Toráh menciona quatro especiarias fundamentais para o Ketoret: Bálsamo, estacte, gálbano e frankincenso puro. É somente através da trasmissão oral que conhecemos as outras sete, somando um total de onze. Os sábios, tentam nos explicar, de que maneira se menciona na Toráh, repetindo duas vezes, a palavra “samim”, ou especiarias. A Toráh não especifica quais eram.

O Talmude mais uma vez explica as propriedades do Keroret:

Keritot 6ª: “De que era composto o Ketoret? Continha 368 maneh (medidas). 365 correspondiam ao número de dias do ano solar, uma medida por dia: meia pela manhã e meia a noite. As outras três são aquelas que o Cohen Hagadol (Sumo Sacerdote) traria (ao Sancta Sanctorum) como dobro da porção no “Iom Kipur”

Existe uma súplica, dizendo que nossa oferta seja agradável e aceitável a Deus. O Ketoret tem o poder de anular os efeitos do Lashon Hará (palavras torpes, fofocas, insultos, ofensas verbais, literalmente, a “lingua afiada”). Aqui devemos frisar que a Toráh e a súplica são a forma mais poderosa de utilização da linguagem para o bem. Às vezes, é muito fácil dizer palavras, aquelas que não são nossas e acostumamos repeti-las a ponto de perderem a profundidade e o significado. Mas o segredo da verdadeira súplica é nos colocarmos atrás das palavras, de convertê-las em ações, especialmente aquelas que foram pronunciadas para purificar durante milênios

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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Dia 25 de Dezembro, não nasce Jesus mas sim o Cristo e os deuses Solares.

Por: Mateus Silva Saraiva

A igreja Católica com a finalidade de conseguir cristianizar de maneira mais fácil os pagões por meio de um sincretismo religioso, determinou a data de nascimento de Jesus como sendo 25 de Dezembro, o tão famoso natal, data assim marcada pelo comercio, - serei hipócrita se disser paz e caridade - tal data era comemorado o dia de nascimento de um dos deuses mais cultuados pelos romanos, principalmente pelos soldados, o deus solar Mitra, que inclusive nasceu de uma virgem, em vida foi adora depois fora assassinado e por fim ressuscitou também.

O culto a esse deus solar Mitra que na verdade era de origem persa, havia sido instituído em Roma provavelmente no século I e de tal modo se fez popular que o imperador Aureliano, em 274 a.C. a declarou religião do Estado. Estava fixada oficialmente o 25 de Dezembro como a data da festa do Sol Invictus. Acreditasse que até as auréolas dos santos vem desse deus já que seu nome em grego significa literalmente cinta, faixa para a cabeça ou diadema .

Os devotos de Mitra se chamavam de irmãos, acreditavam na salvação universal, faziam uso do batismo, sacralizavam pão, água e vinho, adotavam o domingo como dia santo, eram crentes no juízo final e na ressurreição. Por tanta conhecidência, logo foi aproveitado esse dia para a comemoração do nascimento de Jesus que provavelmente por causa do fato astrológico acontecido da famosa estrela que simbolicamente vai até nos altos das árvores de natal nasceu entre os messes de Março e Maio. Até a palavra natal em nossa língua é uma alusão ao nascimento de Jesus.

E ainda existe uma lenda que acredita que todos os deuses solares nasceram 25 de Dezembro, e um analise mais profundo de suas historias indica grande similaridade. Assim temos historicamente registrado Tammuz na Síria e Babilónia, Osíris e Horus no Egito, Istanu no país Hitita, Ormuz (Ahura-Mazda) e Mitra na Pérsia, Krisna na Índia, Zeus, Apolo e Dionísio na Grécia, Quetzacotl para os Toltecas, Kukulkán para os Mayas, Kon Tiki IIIac Viracocha para os Incas, Thor para os Vikings, além de muitos outros humanos solares que ascenderam por si mesmo ou pelos outros a status de deuses como Zaratustra, Akenaton, Alexandre Magno, Apolónio de Tyana e o próprio Jesus.

Vale ressaltar também que 25 de Dezembro mas o solstício de verão aqui no sul e do inferno no norte. Nesse momento a distância angular do Sol no equador celeste é máxima. Esse momento é chamado Solstício. Outra dessas distâncias se encontra em torno do dia 21 de Junho, época em que se festejam o Solstício de verão no hemisfério norte e o de inverno no hemisfério sul.

O solstício de verão se caracteriza por ter o dia mais longo e a noite mais curta. E no solstício de inverno por ter a noite mais longa e o dia mais curto. Por outro lado, existem também dois momentos do ano em que a duração do dia é igual da noite em todos os pontos da Terra. Esses momentos são chamados de Equinócios, porém ai já é outra história.



Sobre as imagens:
Acima temos a imagem do deus mitra sacrificando o touro, depois uma imagem antiga de Jesus o Cristo, e por fim do Zeus de Olimpia, sendo a face das duas ultimas muito semelhante não?

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Papus - Biografia

http://fratreslucis.netfirms.com/Papus3.gif

Fonte desconhecida.

GÉRARD ANACLET VINCENT ENCAUSSE, o médico que tornou-se famoso no meio ocultista sob o pseudônimo de PAPUS, nasceu no dia 13 de julho de 1865, em Corunã-Espanha, as sete horas da manhã, sendo filho de pai francês, o químico Louis Encausse, e mãe espanhola, de origem cigana, a senhora Irene Perez. O jovem Gérard criou-se, assim, em um ambiente favorável a um futuro estudante de Alquimia e de Tarot.

Em 1869 a família Encausse veio estabelecer-se em Paris, no bairro Montmartre, onde Papus iniciou seus estudos, primeiro no Colégio Rollin, depois aos 17 anos, na Faculdade de Medicina de Paris. Ainda jovem, dedicou-se nas horas vagas ao Ocultismo; enquanto seus colegas preocupavam-se com os problemas políticos da Europa e em percorrer todos os autores da Ciência Oficial, Papus passava suas tardes na Biblioteca nacional de Paris ou na Biblioteca do Arsenal estudando os autores clássicos da Alquimia e da Cabala, tomando notas dos principais manuscritos tão zelosamente guardados há séculos nessas preciosas bibliotecas.

Papus teria sido iniciado por Henri Delaage em 1882, segundo ele mesmo nos diz, na Sociedade dos Filósofos Desconhecidos, ordem que teria sido fundada por Louis Claude de Saint-Martin no século XVIII, na França. Com 17 anos de idade, o jovem Papus passou a destacar-se no seio do Grupo que passou a integrar, pela seriedade com que procurava as chaves da Iniciação.

Em 1887, aos 22 anos, escreveu sua primeira obra, denominada O Ocultismo Contemporâneo. Seu Tratado Elementar da Ciência Oculta(1), no ano seguinte, alcançou grande sucesso em vários países e proporcionou a seu autor grande liderança no meio ocultista parisiense. Fundou, em 1889, o Grupo Independente de Estudos Esotéricos (Gidee), transformado mais tarde em Escola Hermética, destinada a divulgar a espiritualidade e a combater o materialismo, igualmente, as revistas A Iniciação e Véu de Isis, órgãos de divulgação do Ocultismo, planetas que giravam em torno do centro irradiante de dinamismo, que era o Iniciador Papus.

Trabalhou como externo nos hospitais de Paris e não abandonou o exercício da medicina. Em 1894 defendeu sua tese de medicina, intitulada A Anatomia Filosófica e Suas Divisões, recebendo o título de Doutor em Medicina, com elogios. Sua obra posterior, "Compêndio de Fisiologia Sintética", foi igualmente muito elogiada nos meios acadêmicos.

Ao defender sua tese, Papus confessou-se um iniciante na arte de curar, pois vislumbrava as possibilidades do Ocultismo. Como Paracelso, percorreu vários países da Europa, estudando todas as medicinas, a oficial, a dos curandeiros e a homeopatia, aprendendo uma série de procedimentos desconhecidos dos médicos tradicionais.

Praticou a alopatia, a homeopatia e a hipnose, realizando curas consideradas extraordinárias por seus biógrafos. É o caso da senhora ricamente vestida, conta-nos Phaneg, que entrou em seu consultório com ares de descrença. Papus sem que ela falasse e após ter chamado sua atenção pela falta de fé no médico em presença, diagnosticou seu mal e falou de sua precária situação financeira. A senhora ficou maravilhada pelas revelações que ouvia e pela nevralgia subitamente desaparecida. Papus não lhe cobrou a consulta, porque aquela era seu último "louis".(2)

Muitas vezes Papus, para efetuar o diagnóstico, observava em primeiro lugar o astral do doente, depois o curava misteriosamente, apelando à força vital-mãe, fonte de equilíbrio. Ele classificava, assim as doenças, como sendo do Corpo, do Astral e do Espírito. As doenças do Corpo (como febres, traumatismos) podem, segundo Papus, ser curadas pela medicina dos contrários; as doenças do Astral (como tuberculose e o câncer) podem ser tratadas pela homeopatia e o magnetismo; e as doenças do Espírito (como epilepsia, histeria e loucura) podem ser tratadas pela oração e pela magia, desde que o mal não seja Cármico (dívida espiritual a ser paga pelo doente). Assim, Papus praticava seguidamente a Medicina Oculta, curando à distância, agindo sobre a urina, o sangue e o cabelo do paciente. Contam que Papus realizava diagnósticos insólitos, agindo pelos dons de clarividência e de clariaudiência.

No Umbral do Mistério, Stanislas de Guaita escreve que Papus, "jovem médico dos mais eruditos e fecundos, converteu-se em dupla personalidade: conquistou a notoriedade sob dois nomes diferentes. Suas obras de anatomia e de fisiologia receberam apenas a subscrição de Gérard Encausse. Seus Tratados de magia arvoram um outro nome".

"Cabeça enciclopédica e pena infatigável, saudemos este jovem iniciado que disfarça ou, diríamos, que desfigura o lastimável pseudônimo de Papus. É mister, seguramente, que os seus livros testemunhem uma superioridade assaz transcendente, para que se possa perdoar sua etiqueta! Fato é que os amadores da teosofia pronunciam o nome de Papus sem esboçar qualquer sorriso mas, isto sim, com admiração e apreço. Passando pelas brochuras já em número considerável, que têm vigorosamente contribuído para a difusão das ciências esotéricas, mencionaremos tão-somente as obras Ocultismo Contemporâneo (Carré, 1887, in 8º), O Sepher Yetsirah (Carré, 1888, in-8º) e a Pedra Filosofal (Carré, 1889, in-12, frontispício)".

"Convém lembrar que Papus publicava, desde 1888, o seu "Tratado Elementar de Ciência Oculta" (Carré, in-12, com figuras). Trata-se da primeira obra metódica em que se acham resumidos com clareza, agrupados e sintetizados com maestria todos os dados primordiais do Esoterismo. Este livro excelente, que enfoca a aplicação dos métodos experimentais de nossas ciências ao estudo dos fenômenos mágicos, e ademais, uma ação boa e meritória: os próprios estudantes adiantados podem recorrer a ela com segurança, como ao mais sábios dos gramáticos. Mas, Papus acaba de firmar para sempre a sua reputação de Adepto através da aparição de uma monumental obra atinente ao Tarot (3). Em nosso entender, não exageramos ao asseverar que este livro, em que se acha revelada, até às profundezas, a lei ondulatória do ternário universal, constitui, no sentido mais alto do termo, uma Chave absoluta das Ciências Ocultas".

Seu pseudônimo "Papus" foi retirado do Nuctameron de Apolônio de Tiana e significa o "médico da primeira hora", aquele que não mede sacrifícios para atender seus semelhantes.

Papus consagrou-se ao estudo da Luz Astral e de sua influência sobre as doenças e sobre sua terapêutica, tal como ensinava Paracelso um dos pais da Medicina. O papel da mente e suas relações com o Plano Astral e o Homem. Durante longos anos dirigiu suas pesquisas sobre os fenômenos hipnóticos, espíritas, parapsicológicos, exteriorização da sensibilidade e do magnetismo. Fundou a Escola de Magnetismo de Lyon, tendo o Mestre Philippe de Lyon como seu Diretor.

Seus estudos dos Corpo Astral e do Plano Astral não tinham como objetivo apenas a cura do Corpo, mas, principalmente, a cura da Alma, isto é, sua terapia pela iniciação. Fez da famosa divisa do Templo de Delfos "Conhece-te a ti mesmo que conhecerás o Universo e os Deuses" o seu lema de trabalho iniciático e profissional. Estudou profundamente a Antigüidade egípcia e os mistérios gregos e romanos, concluindo que entre eles a Ciência e a Iniciação estavam intimamente associadas.

A Escola Hermética, que tinha como professores famosos ocultistas da época, tais como Stanislas de Guaita, Sedir, Barlet, Peladan, Chamuel, Marc Haven, Maurice Barrès (academia francesa) Victor-Emile Michelet, entre outros, tinha como objetivo recrutar membros para as sociedades iniciáticas dirigidas por Papus (Ordem Martinista) e por Stanislas de Guaita (Ordem Cabalística da Rosa-Cruz) que ainda existem hoje em pleno vigor, através de cursos, conferências, pesquisas ocultistas e publicações.

Ensinavam o Hebraico, a Cabala, o Tarot, a Astrologia, a História Oculta, a Magia, a Medicina Oculta, focalizando principalmente seu aspecto menos velado e mais científico. Papus é tido como o divulgador do Ocultismo Científico de Louis Lucas, que se baseia na Analogia, método que procura explicar o Invisível por inferência, a partir do Visível.

Papus teve como Mestre Intelectual o Marquês Joseph Alexandre Saint-Yves d´Alveydre e como Mestre Espiritual, como ele próprio afirmava, o "Mestre Philippe de Lyon", a partir de 1887 e 1897, respectivamente. Teve no seu companheiro Stanislas de Guaita um incentivador de primeira grandeza, discípulo póstumos todos os dois de Eliphas Levi, Fabre d´Olivet, Saint Martin e Jacob Böehme, cujas obras sabiam praticamente de cor.

Praticava a Cabala Prática(4),juntamente com seus principais companheiros, com a qual procurava o aperfeiçoamento espiritual até chegar ao conhecimento da Divindade. O Adepto deve conhecer toda a teoria da Magia, dizia Papus, os materiais usados pelos magos, os perigos da Magia que enfrentam os praticantes temerários, a chave da magia negra, as ciladas do inimigo invisível, o controle das paixões, a eliminação dos vícios, se o Iniciado desejar, sinceramente, tornar-se um Mestre e obter a Salvação.

Sua vida foi uma ação constante em todos os planos, lutando contra o materialismo e o ateísmo e divulgando a espiritualidade. A lembrança do duelo com Jules Blois, que tinha desacatado fortemente a Stanislas de Guaita, ficou gravado na memória de todos os inimigos de Papus. Quando Jules Blois dirigia-se em um fiacre para o local designado para o combate, os cavalos assustaram-se com a aparição súbita de um vulto e empinaram-se, derrubando por terra Jules Blois e sua comitiva. Assim, Jules Blois chegou à presença de Papus com dor de cabeça e cambaleante. O duelo começou, sem muito entusiasmo, Papus procurando, dizem seus biógrafos, não ferir gravemente seu opositor. Este recebeu um pequeno ferimento no ombro e a luta teve fim. Papus cumpriu sua obrigação de médico, socorrendo seu adversário e a inimizade terminou.

Papus visitou a Rússia três vezes, sendo recebido pelo imperador. Em 1914 foi a Guerra como capitão-médico, onde contraiu tuberculose. Faleceu em 25 de outubro de 1916, aos 51 anos de idade. Seu corpo repousa no cemitério de Père Lachaise, em Paris, na divisão 93.

"Imitemos esse Iniciador, disse-nos Sedir, que desejou não ser mais do que um amigo para nós e que foi bastante forte ao ponto de nos esconder suas dores e seus desgostos sob um perpétuo sorriso. Enxuguemos nossas lágrimas; elas o reteriam nas sombras; regozijemo-nos, como ele próprio há três dias o fez, por rever finalmente face à face o Todo Poderoso Terapeuta, o autêntico Pastor das Almas, o Amigo Eterno, o Bem Amado de quem ele foi Eterno, o Bem Amado de quem ele foi o fiel servidor".
"Digamos, juntos a Gérard Encausse, um até logo vibrante; demos a ele, por nossas boas vontades doravante indefectíveis, a única recompensa digna de tão longas penas que ele suportou por nós"(5).

Papus foi sem dúvida alguma um grande Mestre ocultista, destacando-se por sua realização: escreveu mais de 160 títulos, entre livros, artigos, conferências, abordando tanto a medicina como o ocultismo. Os livros principais foram publicados em sua juventude, como o Tratado Elementar de Ciências Oculta (23 anos), o Tarot dos Boêmios (24 anos), o Tratado Metódico de Ciência Oculta (26 anos), a Cabala (27 anos), o Tratado Elementar de Magia Prática (28 anos).

Para seus companheiros de adeptado, suas obras principais foram o Tarot dos Boêmios, o Tratado Metódico de Ciência Oculta e o Tratado Elementar de Magia Prática. São Três "dos mais belos livros e dos mais fundamentais para o estudo do Ocultismo aparecidos após os de Eliphas Levi, Louis Lucas e Saint-Yves d´Alveydre" (Stanislas de Guaita em No Umbral do Mistério (4).

Como ilustração de sua obra literária, apresentamos a seguir a lista alfabética de suas principais publicações ocultistas:

01 - ABC Illustré D´Occultisme, Dorbon, 1922 (6º ed.)
Obra publicada pela Sociedade das Ciências Antigas
02 - l´Almanach de la Chance por 1905 (id.,até 1910).
03 - L´Almanach du Magiste, de 1895 a 1899.
04 - Revista L´Initiation (artigos, de 1891 a 1914).
05 - Revista Le Voile d´Isis (artigos, de 1891 a 1909).
06 - Les Arts Divinatoires. Chamuel, 1895.
07 - La Cabbale, Chacornac, 1903 (3º ed.)
08 - Ce que deviennent nos morts. La Sirene, 1918.
09 - Ce que doit savoir un maitre Maçon. Ficher, 1910.
10 - Comment on lit dans les mains. Ollendorff, 1902 (2º ed.)
11 - La Magie et l´Hypnose. Chamuel,1897.
12 - L´Occultisme contemporain. Carré, 1901.
13 - Premiers Eléments de Lecture de la Langue Hébraique.Dorbon 1913
14 - Qu´est-ce que l´Occultisme? Chamuel, 1892.
15 - La Réincarnation. Dorbon, 1912.
16 - La Science des Mages. Chamuel,1892.
17 - La Science des Nombres. Chacornac, 1934.
18 - Le Tarot des Bohémiens. Carré, 1889. Obra publicada pela Sociedade das Ciências Antigas
19 - Le Tarot Divinatoire. Libr. Hermetique, 1909.
20 - Traité Elémentaire de Magie Pratique. Chamuel, 1893.
21 - Traité Elémentaire d´Occultisme et d´Astrologie. Dangles, 1936.
22 - Traité Elementaire de Science Occulte. Carré, 1888.
23 - Traité Méthodique de Magie Pratique. Chacornac, 1924.
24 - Traité Méthodique de Science Occulte. Carré, 1891.

Notas
1- Publicado em português, sob o título Tratado de Ciências Ocultas, pela Ed. Três, Coleção Planeta nº 8 e 9, São Paulo, 1973.
2- Antiga moeda francesa, de ouro valendo 20 francos.
3- Papus. "Le Tarot des Bohémiens". Paris Ed. Dangles, s/d ("Papus, continua Guaita, publicou, após a 2º edição do Umbral do Mistério em 1890, dois grandes volumes, onde a mais alta doutrina formula-se numa linguagem luminosa e precisa: Traité Méthodique de Scien- ce Oculta (l891) e Traité Elémentaire de Magie Pratique (1894)". "O Tarô dos Boemios" foi publicado pela Sociedade das Ciências Antigas em 1985.
4- Guaita, Stanislas. "No Umbral do Mistério". "No Umbral do Mistério" foi publicada pela Sociedade das Ciências Antigas em 1992.
5- Discurso de Paul Sédir junto ao túmulo de Papus, por ocasião de seu enterro.
6- A presente tradução baseia-se na edição de 1903 (3º edição), revista e ampliada por Papus, contendo trabalhos dos cabalistas Stanislas de Guaita (falecido em 1897). Eliphas Levi, Lenain, Marc Haven, Sedir, Jacob, Sair e uma tradução completa do Sepher Yetzirah seguida de uma reimpressão parcial de um tratado cabalístico do Cav. Drach.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Curso de Magia Prática em São Paulo dias 03 e 04 de outubro




Curso com base nos ensinamentos dos mestres Papus, Eliphas Levi, Fracis Barret, Cornnelius Agrippa e outros grandes iniciados na arte. Com teoria e prática durante o mesmo.

O que é Magia e Quem é o Mago
Advertências a respeito da Magia
Qualidades do Mago
Os instrumentos do Mago
Os Planos e as Vibrações Mentais
Sobre o Astral
O Magnetismo
Os Chackras
Horas Mágicas
Lunário Mágico
Espíritos Planetários e Propriedades Mágicas dos Planetas
Os Pantáculos
Sobre a Purificação
Disciplina Mental e Corpóra
A visualização
A Viagem Astral
Métodos de Divinação
Palavras de Poder
Exercícios de Proteção
Ritual Menor do Pentagrama
Ritual Menor do Hexagrama
Exercício da Pilastra Mediana A evocação e a Invocação
A sigilação
Ritual de Auto-Iniciação
Conjurações e Consagrações
Conjuração dos 7 Dias
Sobre a Magia Negra (Feitiçaria)
Personagens Históricos
Grimorios


Editora Daemon, rua Bartolomeu de Gusmão, nº 337, local próximo ao metrô Vila Mariana.
DIAS: 03 e 04 de Outubro (Sabado e Domingo) das 09:00 as 16:00 horas.
Duração média de 12 horas, dividida em 2 partes.
Investimento R$180,00
Contato: magusportae@hotmail.com
Telefone: (0xx35) 84452275

Curso Cabala Hermética em São Paulo dias 26 e 27 de setembro

Os assuntos abordados são:

Introdução
História e Filosofia Cabalista
Influência sobre a Filosofia
O Alfabeto e Gramática do Hebraico
Sobre a Lei (Mashora, Michna, Ghemarah)
Sobre o Sepher Yetsirah
Sobre o Sepher Zohar
Árvore da Vida
Os Corpos do Homem
A Alma na Cabala - Vida e Morte.
Nomes Sagrados de Deus
Os 32 caminhos da Sabedoria e as 50 portas da Inteligência.
Shemhamphorash
Themura, Gematria e Notarikon.
Relações com o Tarô
Clavículas

Justino Nigro, Nº 384, Interlagos, próximo a estação de trem Autódromo.
DIAS: 26 e 27 de Setembro (Sabado e Domingo) das 010:00 as 15:00 horas.
Duração média de 8 horas, dividida em 2 partes.
Investimento R$120,00
Contato: magusportae@hotmail.com
Telefone: (0xx35) 84452275

sábado, 5 de setembro de 2009

A história do incenso nas diversas civilizações

O incenso é de importância vital nos rituais e deve, portanto, ser usado corretamente, é encontrado nas cerimônias e rituais cristãos, pagãos, hindus, budistas e até mesmo para perfumar e limpar energias negativas dos ambientes ou agradar os espíritos e Deus. Muitas coisas são empregadas na composição do incenso: gomas, resinas, madeiras e suas cascas, óleos e até drogas alucinógenas. Para muitos, acender um incenso é um ritual sagrado. Segundo o Padma Purana, texto que faz parte dos Vedas da Índia milenar, o incenso deve ser usado sempre que se desejar preparar o ambiente para meditação, yoga e para obter proteção espiritual.


Egípcios

Os egípcios eram muito experientes na manufatura e uso de incensos e conduziam a composição dos mesmos com verdadeira arte. Muitas de suas idéias relativas ao incenso eram compartilhadas por outros povos e outras crenças. Os ingredientes eram misturados num ritual secreto, acompanhado pela entoação de textos sagrados. Tinha o misterioso significado da harmonia e da ordem.

Hindus

Existem relatos de que fora importado da Arábia, mas muitas espécies nativas de materiais aromáticos já eram usadas.
Existem outro relatos de que o incenso foi criado na Índia cerca de 6000 anos a.C.
A pessoas imaginavam que a fumaça do incenso criava uma ligação física entre os homens e os deuses.

Judaico

Repetidas referências ao incenso no Velho Testamento indicam que seu uso é muito antigo entre os judeus. De fato, na Versão Autorizada, usa-se frequentemente a palavra para se referir à queima de oferendas e os antigos hebreus podiam ter encarado o uso do incenso, bastante popular entre os babilônios, como simples pompa de idolatria. Também foi assim encarado pela antiga igreja cristã, que associava ao paganismo.
Geralmente os pesquisadores concordam agora que a queima de incenso só foi introduzida no ritual judaico por volta do século VII a.C. Contudo, uma vez adotado, tornou-se cada vez mais importante nos atos de adoração.

Grego

Parece que o incenso, no sentido de gomas e resinas como as conhecemos, só foi usado pelos gregos após o período homérico.
Como os outros povos, os gregos achavam que um aroma agradável e doce dava prazer aos deuses. Antes do século VIII a.C. o incenso como tal não era empregado pelos gregos, talvez tenha sido introduzido através do culto de Afrodite e que é certo que tradicionalmente, tenha sido trazido da Fenícia, através de Chipre, onde foi empregado em tal culto. Era oferecido juntamente com frutas, doces, trigo, etc., ou sozinho como oferenda isolada, tanto no culto aos deuses ou em rituais domésticos.

Budismo

Como aconteceu com muitas religiões em seu estágio inicial, o uso do incenso era desconhecido no antigo budismo. Contudo, com o passar do tempo. O budismo também sucumbiu a ele, especialmente o budismo setentrional, onde seu uso se tornou generalizado.
No Ceilão, perfumes e flores são colocados diante da imagem de Buda, embora ocorra do Tibet, seu maior emprego, uma vez que é utilizado nas cerimônias de iniciação de monges e constitui parte dos rituais diários dos mosteiros.

Romano

Na religião romana, uma das partes mais importantes do libamina (oferenda sem sangue) era o tus, que significa tanto incenso como olíbano. Nenhum ritual poderia ser considerado completo sem ele.
O incenso também era oferecido isoladamente, privada ou publicamente, e era oferecido aos lares familiares, ou deuses domésticos. Podia ser queimado em altares maiores, braseiros ou em pequenos altares portáteis chamados foci turibulum.

Cristianismo

O cristianismo demorou muito a adotar o incenso em seus ritos. Os serviços da antiga igreja eram muito simples e o incenso (salvo como purificador) era evitado como algo judaico ou pagão.
Muitas autoridades eclesiáticas alegaram que a razão para a omissão do incenso era que não foi empregado pela Igreja pelo menos até 300 anos após os tempos de Apostolado.
Como ocorreu com muitas outras coisas, o fato de ser seu uso judaico parece ter levado os primeiros cristãos a negligenciá-lo, pois suas associações com o paganismo e a prática comum de renunciar a fé, oferecendo alguns grãos de incenso aos deuses ou sobre o altar do imperador, provavelmente constituiu forte intimidação.

Islamismo

Na própria religião islâmica, não há alusão ao incenso, mas é comum oferecê-lo nos altares dos santos e seu uso é permitido, por tradição como perfume para uma pessoa falecida. Na Índia, provavelmente devido à influência do hinduísmo, os mulçumanos utilizam-no em seus rituais (circuncisão, casamento e funerais), pois supõem que tenha o poder de manter afastados os maus espíritos.

Fonte: Livro Incenso - Leo Vinci - Ed. Hemus

domingo, 30 de agosto de 2009

Ordens Martinistas Visiveis


Ótima postagem que encontrei no blog: http://illuminattis.blogspot.com


Martinismo


A Ordem Martinista é uma Ordem iniciática e uma escola de cavalheirismo moral, com base essencialmente na mística cristã, muito embora exista algumas linhagens do Martinismo que conciliam os ensinamentos da tradição esotérica cristã com os ensinamentos de algumas tradições esotéricas do oriente. Essa Ordem fraternal está aberta tanto a homens quanto a mulheres. Sua denominação vem do nome Louis Cloude de Saint-Martin. Por ele a Ordem está ligada a uma tradição que tem raízes na Tradição Primordial, numa época em que o ser humano tinha o privilégio de comungar livremente com a Divindade, sem intermediações.

3 As ordens martinistas visíveis

1 Tradicional ordem martinista
2 Ordem martinista sinárquica
3 Ordem Martinista dos Elus Cohens
4 Ordem martinista de papus
5 Ordem Martinista Sufi

A senda martinista



Os martinistas se questionavam quanto à capacidade atual do ser humano para realizar essa união. Se, como indica a Bíblia, ele foi criado à imagem de Deus, como se explica sua deplorável situação atual? Essa pergunta leva os martinistas a estudar a história do ser humano desde sua emanação da imensidade divina até sua presente condição. Para eles o ser humano não pode conhecer sua natureza fundamental sem estudar as relações que existem entre Deus, o universo e ele próprio. O universo e o ser humano formam um todo, duas progressões ligadas uma à outra e evoluindo juntas. Por outro lado, a última etapa do conhecimento do homem deve levá-lo à última etapa de seu conhecimento da natureza. Mas se ele quer compreender sua verdadeira natureza é para Deus que deve se voltar, pois
“...só nós podemos ler no Próprio Deus e nos compreender em Seu próprio esplendor...”
Se o ser humano não mais está disposto a ceder a esse conhecimento, é porque cometeu o erro de tornar-se vazio de Deus e se perder no mundo das aparências, no mundo temporal. Tornou-se de certo modo adormecido para o mundo espiritual. Seu Templo interior está em ruínas.
Em “O ministério do Homem-Espírito”, diz Louis Claude de Saint-Martin:

“Homem, lembra-te por um instante do teu julgamento. Por um momento quero de bom grado te desculpar por ainda desconheceres o destino sublime que terias a cumprir no universo; mas pelo menos não deverias ser cego ao papel insignificante que nele cumpres durante o curto intervalo que percorres desde o teu berço até o teu túmulo. Lança um olhar sobre o que te ocupa durante esse trajeto. Poderias acaso crer que teria sido para um destino tão nulo que te verias dotado de faculdades e propriedades tão importantes?”

Como reencontrar esse estado paradisíaco pelo qual o ser humano era ao mesmo tempo um Pensamento, uma Palavra e uma Ação de Deus? Aí está toda a busca martinista, que é a busca da Reintegração. Se o ser humano perdeu sua potencialidade primordial, dela conserva no entanto o germe e basta-lhe que aplique sua vontade para cultivar essa raiz e fazê-la frutificar.
O homem bem sente que se encontra em estado de privação e nada neste plano consegue satisfazê-lo plenamente. O que ele deseja, fundamentalmente, não pertence a este mundo, e é por isto que ele se desencaminha incessantemente, tomado de uma imensa cobiça de tudo atrair para si mesmo, como para reencontrar aquela faculdade que outrora lhe permitia tudo possuir, tudo dominar e tudo compreender. Dizia Saint-Martin: Nada é mais comum do que a cobiça e mais raro do que o desejo. Com efeito, aquele que toma consciência da origem dessa nostalgia, dessa lembrança fugaz de uma grandeza perdida; aquele que aspira a reencontrar sua primeva pureza, é um Homem de Desejo. Seu desejo é o desejo de Deus. E o desejo é a raiz da eternidade.
O martinismo é um caminho da Vontade. Entre o Destino, por vezes cego, e a divina Providência, é preciso então escolher. Para o martinista, tornar-se um Homem de Desejo é empreender a reconstrução de seu Templo interior. Para edificar esse Templo eterno, ele se apóia em dois pilares: o da iniciação e o dos ensinamentos martinistas. A iniciação marca efetivamente o começo de seu grande trabalho, pois é o momento em que ele recebe a semente de luz que constitui o alicerce de sua obra. Cabe-lhe em seguida trabalhar para manifestar e irradiar essa luz. As iniciações martinistas constituem um momento privilegiado, no reencontro de um Homem de Desejo com o seu Iniciador. Só podem ser conferidas num Templo e na presença conjunta e efetiva daquele que outorga e daquele que recebe.
Para os martinistas as iniciações humanas, embora sejam um preliminar indispensável, são apenas “representações” terrenas de uma transformação maior. Só se tornam efetivas quando recebemos a iniciação central. Esta, segundo Saint-Martin, é aquela pela qual podemos entrar no coração de Deus e fazer entrar o coração de Deus em nós, para aí fazer um casamento indissolúvel... Não há outro mistério para se chegar a essa iniciação sagrada que o de mergulharmos cada vez mais nas profundezas do nosso ser e de não deixarmos escapar a vivificadora raiz, para que não corramos o risco de extirpá-la; graças a isso, então, todos os frutos que deveremos gerar, segundo nossa espécie, haverão de se produzir naturalmente em nós e fora de nós.

Os ensinamentos martinistas


Os ensinamentos constituem para o martinista a nutrição pela qual ele vai fazer crescer o germe recebido em sua iniciação. A base dos ensinamentos martinistas assenta nos escritos de Louis Claude de Saint-Martin e de Martinès de Pasqually. Dentre os assuntos propostos à reflexão contam-se os seguintes:


Os símbolos místicos
A natureza tríplice do homem
O estudo esotérico do Gênesis
O livre-arbítrio e o destino
A lei quaternária
Reconciliação e reintegração
Os mundos visível e invisível
Os sonhos e a iniciação
A ciência dos números
A prece
Os ciclos da humanidade
A civilização e o Estado ideal
Arte, música e linguagem
A regeneração mística
O mundo elementar
O mundo dos Orbes
O mundo do Empíreo


O martinismo moderno


Após a transição de Louis Claude de Saint Martin, os martinistas (assim eram chamados seus discípulos) não estiveram muito ativos. As cerimônias e os ensinamentos tradicionais eram transmitidos somente de maneira pessoal e privada. Após um longo período de discrição, um grande esforço foi feito em 1888 para estruturar aquilo que na época não podia verdadeiramente ser chamado de uma Ordem iniciática e que se limitava a alguns iniciados. Foi graças ao empenho de Papus e Augustin Chaboseau que essa Ordem veio à luz e recebeu o nome de Ordem Martinista. Esse movimento foi coroado de êxito em 1891 e resultou na formação do Conselho Supremo da Ordem Martinista, composto de vinte e um Membros, com autoridade sobre todas as Lojas do mundo. O célebre ocultista francês Papus ( Dr. Gerard Encause) foi eleito primeiro Presidente desse Conselho Supremo. Sob sua brilhante e infatigável direção, a Ordem cresceu rapidamente e, por volta de 1900, contava com centenas de Membros ativos na maior parte dos países do mundo. Papus tornou-se rapidamente uma autoridade em matéria de martinismo e suas obras constituem uma fonte preciosa de informação para os martinistas e todos aqueles que se interessam pela Tradição.

As ordens martinistas visíveis


No decorrer do tempo a luz martinista difundiu-se pelo mundo. Atualmente, existem vários grupos organizados sob o título de martinistas. Eis algumas delas:

Tradicional Ordem Martinista

A Tradicional Ordem Martinista permanece como a maior Ordem Martinista não operativa em atividade no mundo, para tanto conta com a aliança com a Ordem Rosacruz AMORC, é a organização Martinista que possui o maior número de Heptadas tradicionalmente constituídas e é a que possui a melhor organização administrativa.
A sucessão da Tradicional Ordem Martinista possui vários ramos a saber :1. V.E. Michelet 2. Augustin Chaboseau (Sar Augustus) 3. Ralph Maxwell Lewis (Sar Validivar) 4. Gary L. Stewart 5. Cristian Bernard (Phenix)
Sucessões iniciáticas: 1. Papus & Chaboseau (linhagem em dobro) 2. o Charles Deter (Teder) 3. Blanchard 4. H.S.Lewis 1. Papus & Chaboseau (linhagem em dobro) 2. Charles Deter (Teder) 3. Georges de Bogè LagrËze (Mikael) 4. Ralph Lewis. O Soberano Grande Mestre da Tradicional Ordem Martinista é o Ir Christian Bernard ( Phenix) que possui duas linhagens: 1. Ralph Lewis 2. Sepulcros de Orval 3. Cristian Bernard e 1. Ralph Lewis 2. Cecil UM. Poole 3. Gary L. Stewart 4. Christian Bernard.

Na Tradicional Ordem Martinista, trabalham-se em três graus:

Associado
Iniciado
S.I.(Superior Incógnito) e CFD (Círculo dos Filósofos Desconhecidos)

Para se afiliar à TOM, é exigido que o aspirante seja um membro iniciado ao primeiro Grau de Templo da Ordem Rosacruz, AMORC e que esteja em dia com suas contribuições. Então, após a admissão à classe dos membros de Oratório ele pode solicitar afiliação a uma das Heptadas Martinistas espalhadas pela jurisdição. Para ser iniciado em uma Heptada Martinista, no grau Associado, deve-se passar por uma entrevista com o mestre em exercício.
Os membros da TOM reúnem-se em reuniões chamadas de "Conventículos Martinistas", onde são estudados os manuscritos correspondentes ao grau do conventículo. Para ser admitido ao grau seguinte, exige-se, principalmente, que o membro participe, durante 1 ano, de todos os conventículos referente ao seu grau atual (tolerando-se no máximo 6 faltas). Os conventículos de cada grau são realizados quinzenalmente.
No final do estudo do S.I. em Heptada, e desde que eles tenham atendido todas as exigências estabelecidas pela Grande Heptada, os membros são admitidos ao Círculo dos Filósofos Desconhecidos (CFD), onde escolhem um nome místico. No CFD, os novos mestres estão aptos a participarem de todos os trabalhos templários, a escreverem manuscritos e enviarem para a Grande Heptada, onde serão apreciados e redistribuídos para as outras Heptadas, para estudo e meditação.
O intuito desta compilação é o de fornecer informações históricas sobre o Martinismo através dos séculos. Como todo Martinista deve saber, não se julga um irmão pela riqueza ou pobreza do berço que o embalou e sim pela fraternidade que une dois seres que possuem gravados em seus íntimos a mesma iniciação e a mesma paternidade espiritual. Este é o elo que nos une.

Ordem Martinista Sinárquica

Esta ordem é a mais antiga das que tiveram uma existência ininterrupta desde sua fundação em 1918 por Blanchard (Sar Yesir). Originalmente era Blanchard que iria se tornar o sucessor de Detré como Grande Mestre da Ordem Martinista Martinezista. Blanchard desistiu disto, pois ele não estava a favor da exigência de afiliação maçônica no Martinismo. Assim em 1918 Blanchard reuniu o Conselho Supremo anterior de Martinistas e Martinistas independentes que não aderiram ou pertenceram às Ordens Martinistas maçônicas e formaram uma Ordem de Martinistas sob a constituição original que Iniciou homens e mulheres. Depois, em 1934 a Ordem de Blanchard mudou seu nome para Ordem Martinista e Sinarquica, e Blanchard foi eleito Soberano Grande Mestre Universal.
Com uma idade de 75 anos, Blanchard faleceu em 1953, em Paris. O Soberano Grão Mestre a substitui-lo foi Sar Alkmaion (Dr. Edouard Bertholet), da Suíça. Foi Sar Alkmaion, Soberano Grão Mestre da Ordem para as Lojas Inglesas que recebeu a Carta Constitutiva como Delegado Geral para a Grã Bretanha e a Comunidade britânica. A Grande Loja Britânica era governada por um comitê interno conhecido como o Tribunal Soberano do qual este era um dos membros permanentes: Presidente: Sar Sorath (também conhecido como Sar Gulion, ainda em vida).
No momento, a jurisdição principal desta ordem está na Inglaterra sob da liderança de Sar Gulion. Nos E.U.A. há uma filial da ordem que funciona regularmente com uma carta constitutiva da Inglaterra. Depois da morte de Fusiller, o sucessor de Blanchard, a Ordem Martinista dos Eleitos Cohens fundiu com o OMS e mantém o nome do posterior.
A linhagem de OMS atual: 1. Papus & Chaboseau (linhagem dobro) 2. Charles Detrè (Teder) 3. Georges de BogÈ LagrËze (Mikael) 4. Auguste Reichel (Amertis) 5. V. Churchill (Sar Vernita) 6. Sar Gulion/Sorath (o Grande Mestre Inglês)
O OM&S independente do Canadá, tem estas linhagens; 1. Papus & Chaboseau (linhagem dobro) 2. Charles Detrè (Teder) 3. Georges de Bogè Lagrëze (Mikael) 4. Auguste Reichel (Amertis) 5. V. Churchill (Sar Vernita) 6. Sar Sendivogius 7. William Pendleton 8. Sar Parsifal/Petrus (morto 1994). O tribunal de OM&S no Canadá, 1965, era compostos de: 1. Sar Resurrectus, Presidente (iniciado por Pendleton) 2. Sar Sendivogious, 3. Sar Petrus
A Jurisdição canadense se declarou independente. Sar Resurrectus se tornou o Grande Mestre, Sar Sendivogious se retirou das atividades da OMS para se concentrar nos Elus Cohen, e Sar Petrus se tornou Grande Mestre.

Ordem Martinista dos Elus Cohens

Originalmente fundado por Martinez de Pasqually em 1768. Foi fundido com alguns ritos Maçons pelo discípulo dele e sucessor Jean-Baptiste Willermoz. O Dr. Blitz de Eduoard, um companheiro antigo de Papus, trabalhou com os Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa de Willermoz, nos E.U.A., e consequentemente mantinha a exigência de afiliação maçônica. Depois da Segunda Guerra Mundial, Robert Ambelain (Sar Aurifer),era seu Grande Mestre e mantinha rituais Elus Cohen que ele tinha obtido de várias fontes , reavivou a Ordem Martiniste des lus Cohens que praticava justamente esta forma operativa de teurgia. Ambelain também preservou somente esta Ordem aos Homens.
A Ordem original do Cohens Eleitos tinha trabalhado de 1767 a pelo menos até 1807. De lá para cá a linhagem está quebrada ou pelo menos incompleta. Estes são o iniciados principais da Ordem dos Cavaleiros Maçons Eleitos do Elus Cohen do Universo na França:
1. Martinez de Pasqually 1767-1774 2. Caignet Lestere 1774-1779 3. o Sebastian las de Casas 1780 4. G.Z.W.J. 1807 de 1942-1967: 1. Robert Ambelain (Aurifer) 1942-1967 2. Ivan Mosca (Hermete) 1967-1968 No seguimento Italiano : 1. Krisna Frater 2. Francesco Brunelli
Os graus transmitidos nos Elus Cohen são assim: 1º grau - o Mestre Elus-Cohen 2º grau - Cavaleiro do Oriente 3º grau - o Chefe do Oriente 4º grau - RÈaux-Croix Outras fontes relatam assim: 1 - Ordem dos Cavaleiros de Elus-Cohen L'Univers 2 - ordem de Cavaleiros maçons 3 - Eleitos sacerdotes do Universo 4 - RÈaux-Croix
A ordem se fundiu com a Ordem de Martinista de Phillipe Encausse. Ambelain publicou uma declaração na revista de Martinista ´L'Initiation" em 1964 relatando o fechamento da ordem. 30 anos depois foi reavivado mais uma vez - novamente por Ambelain - que ainda parece estar morando em Paris.

Ordem Martinista de Papus

É o nome da primeira ordem criado por Papus em Paris 1888. Papus foi o primeiro Soberano Grande Mestre de 1888 até a sua morte em 1916. O seu primeiro Conselho Supremo foi constituído dos seguintes Irmãos:
1. Papus (o Grande Mestre ) 2. Pierre Augustin Chaboseau 3. Paul Adam 4. Charles Barlet 5. Maurice Barres 6. Burget 7. Lucien Chamuel, 8. de Stanislas Guaita 9. LeJay 10. Montiere 11. Josephin Peladan 12. Yvon Le Loup (Sedir) 13. Eduoard Maurice Barres e Josephin Peladan foram posteriormente substituídos por Marc e Emile Michelet. O Dr. Blitz de Edouard , Delegado Soberano no E.U.A., também era um membro do Conselho Supremo, entretanto ele é negligenciado freqüentemente na história do Martinismo, provavelmente porque ele deixou a Ordem, depois de uma controvérsia com Papus que não pretendia manter a subordinação maçônica em sua organização.

Ordem Martinista Sufi

Esta linhagem do Martinismo concilia ensinamentos da tradição esotérica cristã com ensinamentos da tradição esotérica islâmica, também conhecido como sufismo. Papus travou contato com algumas fraternidades iniciáticas do oriente médio que resultou na união de alguns martinistas europeus com adeptos do sufismo.
A sucessão de Papus na linhagem de Saint Martin era assim:
1. o Louis-Claude Saint Martin (1743-1803) 2. Jean-Antoine Chaptal (de Compte Chanteloup)(morto em 1832) 3. (?)X 4. Henri Delaage (morreu 1882) 5. Dr. Gérard Encausse.
Porém, havia um elo, ou melhor, um vácuo (o X) na linhagem de Papus, assim em 1888, Augustin Chaboseau (um membro do Conselho Supremo original de 1888) e Gérard Encausse trocaram Iniciações pessoais para consolidar a sucessão. A Ordem Martinista se constituiu então de duas linhagens espirituais, a que vimos acima e a seguinte:
1. o Louis-Claude de Saint Martin (1743-1803) 2. Abbe de la Noue (morreu 1820) 3. J. Antoine-Marie Hennequin (morreu 1851) 4. Adolphe Desbarolles (morto em 1880) 5. Henri la de Touche (Paul-Hyacinthe de Nouel de la Touche)(morto em 1851) 6. a marquesa de Amélie de Mortemart Boisse 7. Pierre Augustin Chaboseau.
Depois de morte de Papus , Charles Detré (nome místico Teder ) se tornou o Soberano Grande Mestre, ele decidiu limitar a afiliação à Ordem Martinista (L`Ordre Martiniste) para Mestres Maçons, especialmente do Rito de Memphis & Misraim. Claro que isto significou que as mulheres seriam excluídas do Martinismo, e isto também não estava de acordo à filosofia do Martinismo original. Naturalmente isto causou grande discordância entre os membros, e vários membros do Conselho Supremo original de 1891 deixaram a Ordem.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

CONSELHOS AOS QUE DESEJAM ESTUDAR O OCULTO



Por Papus.

· Escolher sempre um centro onde a oração (qualquer que seja o culto) seja praticada.

· Lembrar-se que os verdadeiros mestres não escrevem livros, e colocam a simplicidade e a humildade acima de qualquer ciência. Desconfiar dos pontífices e dos homens que se dizem perfeitos.

· Não alienar jamais a liberdade por um juramento que prenda o indivíduo a um clero, mesmo que seja numa sociedade secreta. Somente Deus tem o direito de receber um juramento de obediência passiva.

· Lembrar-se que todo poder invisível vem do Cristo, Deus vindo em carne em todos os planos, e não entrar nunca no invisível, em relação com um ser astral ou espiritual sem confessar ao Cristo esse desejo. Não procurar "poderes" especiais; esperar que o céu nos dê, caso sejamos dignos.

· Não julgar nunca as ações dos outros , nem condenar o próximo.

· Ter a certeza de que o homem não é jamais abandonado pelo céu, mesmo nos momentos de negação e de dúvida, e que estamos no plano físico para benefício dos outros e não nosso.

· Lembrar-se que a purificação física pelo regime é uma infantilidade, se não for apoiada pela purificação astral, pela caridade, pelo silêncio, e pela purificação espiritual, procurando não pensar ou falar mal das pessoas ausentes. Lembrar-se sempre que a oração, que dá a paz do coração, é preferível a qualquer tipo de magia, que só cria orgulho.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Curso de Magia Prática em São Paulo Dias 25 e 26 de Julho




Curso com base nos ensinamentos dos mestres Papus, Eliphas Levi, Fracis Barret, Cornnelius Agrippa e outros grandes iniciados na arte. Com teoria e prática durante o mesmo.

O que é Magia e Quem é o Mago
Advertências a respeito da Magia
Qualidades do Mago
Os instrumentos do Mago
Os Planos e as Vibrações Mentais
Sobre o Astral
O Magnetismo
Os Chackras
Horas Mágicas
Lunário Mágico
Espíritos Planetários e Propriedades Mágicas dos Planetas
Os Pantáculos
Sobre a Purificação
Disciplina Mental e Corpóra
A visualização
A Viagem Astral
Métodos de Divinação
Palavras de Poder
Exercícios de Proteção
Ritual Menor do Pentagrama
Ritual Menor do Hexagrama
Exercício da Pilastra Mediana A evocação e a Invocação
A sigilação
Ritual de Auto-Iniciação
Conjurações e Consagrações
Conjuração dos 7 Dias
Sobre a Magia Negra (Feitiçaria)
Personagens Históricos
Grimorios

Justino Nigro, Nº 384, Interlagos, próximo a estação de trem Autódromo.
DIAS: 25 e 26 de julho (Sabado e Domingo) das 09:00 as 16:00 horas.
Duração média de 12 horas, dividida em 2 partes.
Investimento R$150,00
Contato: magusportae@hotmail.com
Celular: 011 86755744 falar com George.

domingo, 12 de julho de 2009

A ROSA DE PARACELSO

Jorge Luis Borges
De Quincey: Writings, XIII, 345

Em sua oficina, que abarcava os dois cômodos do porão, Paracelso pediu a seu Deus, a seu indeterminado Deus, a qualquer Deus, que lhe enviasse um discípulo.

Entardecia. O escasso fogo da lareira arrojava sombras irregulares. Levantar-se para acender a lâmpada de ferro era demasiado trabalho. Paracelso, distraído pela fadiga, esqueceu-se de sua prece. A noite havia apagado os empoeirados alambiques e o atanor quando bateram à porta. O homem, sonolento, levantou-se, subiu a breve escada de caracol e abriu uma das portadas. Entrou um desconhecido. Também estava muito cansado. Paracelso lhe indicou um banco; o outro sentou-se e esperou. Durante um tempo não trocaram uma palavra.

O mestre foi o primeiro que falou:
— Lembro-me de caras do Ocidente e de caras do Oriente — falou, não sem certa pompa — Não me lembro da tua. Quem és e que desejas de mim?

— O meu nome não importa — replicou o outro — Três dias e três noites tenho caminhado para entrar em tua casa. Quero ser teu discípulo. Trago-te todos os meus bens — e tirou um taleigo que colocou sobre a mesa. As moedas eram muitas e de ouro.

Fê-lo com a mão direita. Paracelso lhe havia dado as costas para acender a lâmpada. Quando se voltou, viu que na mão esquerda ele segurava uma rosa, que o inquietou. Recostou-se, juntou as pontas dos dedos e falou:

— Acreditas que sou capaz de elaborar a pedra que transforma todos os elementos em ouro e ofereces-me ouro. Não é ouro o que procuro, e se o ouro te importa, não serás meu discípulo.

— O ouro não me importa — respondeu o outro. — Essas moedas não são mais do que uma parte da minha vontade de trabalho. Quero que me ensines a Arte; quero percorrer a teu lado o caminho que conduz à Pedra.

Paracelso falou devagar:
— O caminho é a Pedra. O ponto de partida é a Pedra. Se não entendes estas palavras, nada entendes ainda. Cada passo que deres é a meta.

O outro o olhou com receio. Falou com voz diferente:
— Mas, há uma meta?

Paracelso riu-se.
— Os meus difamadores, que não são menos numerosos que estúpidos, dizem que não, e me chamam de impostor. Não lhes dou razão, mas não é impossível que seja uma ilusão. Sei que há um Caminho.

— Estou pronto a percorrê-lo contigo, ainda que devamos caminhar muitos anos. Deixa-me cruzar o deserto. Deixa-me divisar, ao menos de longe, a terra prometida, ainda que os astros não me deixem pisá-la. Mas quero uma prova antes de empreender o caminho.

— Quando? — falou com inquietude Paracelso.

— Agora mesmo — respondeu com brusca decisão o discípulo.
Haviam começado a conversa em latim; agora falavam em alemão. O garoto elevou no ar a rosa.

— É verdade — falou — que podes queimar uma rosa e fazê-la ressurgir das cinzas, por obra da tua Arte. Deixa-me ser testemunha desse prodígio. Isso te peço, e te dedicarei, depois, a minha vida inteira.

— És muito crédulo — disse o mestre — Não és o menestrel da credulidade. Exijo a Fé!
O outro insistiu.

— Precisamente por não ser crédulo, quero ver com os meus olhos a aniquilação e a ressurreição da rosa.

Paracelso a havia tomado e ao falar, brincava com ela.
— És um crédulo — disse. — Perguntas-me se sou capaz de destruí-la?

— Ninguém é incapaz de destruí-la — falou o discípulo.

— Estás equivocado. Acreditas, porventura, que algo pode ser devolvido ao nada? Acreditas que o primeiro Adão no Paraíso pode haver destruído uma só flor ou uma só palha de erva?

— Não estamos no Paraíso — respondeu teimosamente o moço — Aqui, abaixo da lua, tudo é mortal.

Paracelso se havia posto em pé.
— Em que outro lugar estamos? Acreditas que a divindade pode criar um lugar que não seja o Paraíso? Acreditas que a Queda seja outra coisa que ignorar que estamos no Paraíso?

— Uma rosa pode queimar-se — falou, com insolência, o discípulo.

— Ainda fica o fogo na lareira — disse Paracelso — Se atiras esta rosa às brasas, acreditarías que tenha sido consumida e que a cinza é verdadeira. Digo-te que a rosa é eterna e que só a sua aparência pode mudar. Bastar-me-ia uma palavra para que a visse de novo.

— Uma palavra? — perguntou com estranheza o discípulo — O atanor está apagado e estão cheios de pó os alambiques. O que farías para que ressurgissem?

Paracelso olhou-o com tristeza.
— O atanor está apagado — reiterou — e estão cheios de pó os alambiques. Nesta etapa de minha longa jornada uso outros instrumentos.

— Não me atrevo a perguntar quais são — falou o moço, deixando Paracelso na dúvida se foi com astúcia ou com humildade. E continuou — Falastes do que usou a divindade para criar os céus e a terra. Falastes do invisível Paraíso em que estamos e que o pecado original nos oculta. Falastes da Palavra que nos ensina a ciência da Cabala. Peço-te, agora, a mercê de mostrar-me o desaparecimento e o aparecimento da rosa. Não me importa que operes com alambiques ou com o Verbo.

Paracelso refletiu. Depois disse:
— Se eu o fizesse, dirías que se trata de uma aparência imposta pela magia dos teus olhos. O prodígio não te daria a Fé que buscas: Deixa, pois, a Rosa.

O jovem o olhou, sempre receoso. O mestre elevou a voz e lhe disse:
— Além disso, quem és tu para entrar na casa de um mestre e exigir um prodígio? Que fizeste para merecer semelhante dom?

O outro replicou, temeroso:
— Já que nada tenho feito, peço-te, em nome dos muitos anos que estudarei à tua sombra, que me deixes ver a cinza, e depois a Rosa. Não te pedirei mais nada. Acreditarei no testemunho dos meus olhos.

Tomou com brusquidão a rosa encarnada que Paracelso havia deixado sobre a cadeira e a atirou às chamas. A cor se perdeu e só ficou um pouco de cinza. Durante um instante infinito, esperou as palavras e o milagre.

Paracelso não havia se alterado. Falou com curiosa clareza:
— Todos os médicos e todos os boticários de Basiléia afirmam que sou um farsante. Talvez eles estejam certos. Aí está a cinza que foi a rosa e que não o será.

O jovem sentiu vergonha. Paracelso era um charlatão ou um mero visionário e ele, um intruso que havia franqueado a sua porta e o obrigava agora a confessar que as suas famosas artes mágicas eram vãs.

Ajoelhou-se, e falou:
— Tenho agido de maneira imperdoável. Tem-me faltado a Fé que exiges dos crentes. Deixa-me continuar a ver as cinzas. Voltarei quando for mais forte e serei teu discípulo e no final do Caminho, verei a Rosa.

Falava com genuína paixão, mas essa paixão era a piedade que lhe inspirava o velho mestre, tão venerado, tão agredido, tão insigne e portanto tão oco. Quem era ele, Johannes Grisebach, para descobrir com mão sacrílega que detrás da máscara não havia ninguém? Deixar-lhe as moedas de ouro seria esmola. Retomou-as ao sair.

Paracelso acompanhou-o até ao pé da escada e disse-lhe que em sua casa seria sempre bem-vindo. Ambos sabiam que não voltariam a ver-se. Paracelso ficou só. Antes de apagar a lâmpada e de se recostar na velha cadeira de braços, derramou o tênue punhado de cinza na mão côncava e pronunciou uma palavra em voz baixa. A Rosa ressurgiu.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Atualização do Site

Site foi atualizado, agora tem o material complementar dos cursos de Cabala e Astrologia na parte de download e atualizado, o material é reservado para apenas aqueles que fizeram o curso, se você fez um deles entre em contato comigo para poder ter acesso a senha. Também na biblioteca foi colocado o livro Dogma e Ritual de Alta Magia do Eliphas Levi, ótimo livro para download público. A descrição dos incensos foram atualizadas, e também agora as espadas e adagas estão em promoção.

Para ver as atualizações visitem o site: http://www.magusportae.hpg.com.br/

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Curso de Cabala Hermética em São Paulo

Os assuntos abordados são:

Introdução
História e Filosofia Cabalista
Influência sobre a Filosofia
O Alfabeto e Gramática do Hebraico
Sobre a Lei (Mashora, Michna, Ghemarah)
Sobre o Sepher Yetsirah
Sobre o Sepher Zohar
Árvore da Vida
Os Corpos do Homem
A Alma na Cabala - Vida e Morte.
Nomes Sagrados de Deus
Os 32 caminhos da Sabedoria e as 50 portas da Inteligência.
Shemhamphorash
Themura, Gematria e Notarikon.
Relações com o Tarô
Clavículas

Justino Nigro, Nº 384, Interlagos, próximo a estação de trem Autódromo.
DIAS: 6 e 7 de Junho (Sabado e Domingo) das 09:00 as 13:00 horas.
Duração média de 8 horas, dividida em 2 partes.
Investimento R$100,00
Contato: magusportae@hotmail.com
Celular: 011 86755744 falar com George.

domingo, 3 de maio de 2009

Curso de Astrologia Especial em São Paulo



Curso muito especial de Astrologia, pois terá dois níveis, o básico e intermediário com 25% de desconto no preço e uma média de 12 a 14 horas de duração.
Assuntos tratados:

Nível Básico
Introdução a Astrologia
Simbologia e Relação Mitológica
Termos Básicos
Os Sete Planetas Antigos
Os Planetas Trans-Saturninos
Nodos Lunares
O Ascendente
Os 12 Signos
As 12 Casas Astrológicas
Interpretações do Horóscopo (Mapa Astral)

Nível Intermédiario
Métodos de Cálculos
Conjunções
Oposições
Trigonos
Quadraturas
Sextis
Roda da Fortuna
Estrelas Fixas

O curso será nos dias 6 e 7 de Junho, das 15:00 as 21:00. Na rua Justino Nigro, Nº 384, Interlagos, próximo a estação de trem Autódromo.
Investimento: R$150,00
Contato: magusportae@hotmail.com
Celular: 011 86755744 falar com George.

As Estrelas Fixas


As chamadas estrelas fixas - em contraposição às estrelas errantes (os planetas) - constituem um dos mais antigos focos de interesse da humanidade. Registros históricos atestam que os primeiros assentamentos humanos do Neolítico já se maravilhavam com a observação delas. Ocupavam o plano mais alto e estável de tudo o que se movia aparentemente no céu.

Agrupadas nas constelações, as "estrelas fixas" ajudavam a orientação dos viajantes, marcavam início de colheitas, épocas de plantio, festas anuais e muitas outras atividades.

Constelação é o nome dado a certos grupos de estrelas do Céu onde é projetado o imaginário coletivo de um grupo social. As formas, desenhos e atributos variados as distinguem no firmamento. A palavra constelação vem do latim com-stelattus, marcado com estrelas. Em 1945, a União Internacional Astronômica marcou oficialmente os limites das constelações e quais estrelas pertencem a qual constelação. Por volta de 1970, 88 constelações eram aceitas universalmente, além de grupos estelares menores, chamados asterismos.

Catálogos do Céu para ajudar o trabalho na Terra

Os gregos povoaram a esfera celestial com suas lendas e mitos acrescidos das que herdaram da Mesopotâmia e da Fenícia. Tales, o mais antigo astrônomo grego conhecido, era de origem fenícia. Em Hesíodo (Teogonia e Os trabalhos e os dias) e em Homero há referências a certas estrelas e constelações que têm relação com mitos sumérios. N' O Trabalho e Os Dias - um calendário/tratado para uso dos pastores gregos - Hesíodo faz referência às Plêiades, Híades, Orion, Sirius e Arcturus. Assim ocorre também nos Hinos Homéricos, em que há citações sobre as anteriores, além da constelação do Boieiro - e outras que são elencadas em Jó (do Antigo Testamento). A partir do sec VI a C, as constelações começam a aparecer nos registros de historiadores e poetas gregos: Aglaóstenes registra a Ursa Menor (Cinosura) e a translação de Aquila; Epimenides de Creta observa a translação de Capricórnio e da estrela Capella; Ferécides de Siros escreve sobre Orion, observando que, quando esta constelação se põe, o signo de Escorpião ascende; Ésquilo e Helano de Mitilene narram a lenda das 7 irmãs Pleiades, filhas do gigante Atlas, e Hécato de Mileto relaciona o mito da Hidra à constelação de mesmo nome.

Euctêmon, um astrônomo grego (séc. V a C), compila um calendário de estações no qual Aquário, Aquila, Cão Maior, Coroa Boreal, Cisne, Golfinho (Delphinus em latim), Lira, Orion, Pegasus, Sagitário e os asterismos Hiades e Plêiades estão ali mencionados, em relação ao tempo, às mudanças de estação. Neste calendário, solstícios e equinócios estavam associados aos signos.

O mais antigo trabalho grego com relação às constelações foi escrito por Eudoxo de Cnido (Phaenomena). Embora perdido, o original emprestou a base e o nome para que Arato, um poeta da corte macedônia, escrevesse seu longo poema. No Phaenomena, são descritas 44 constelações, sendo 19 ao norte, 13 zodiacais e 12 ao sul.

Cláudio Ptolomeu, astrônomo alexandrino, cerca de 300 anos mais tarde, no livro 6o de seu Almagesto, adota o sistema de Hiparco e cataloga 48 constelações por nome e localização, atribuindo a cada estrela próxima da eclíptica características de um ou mais planetas. O Almagesto foi a base para todos os catálogos de estrelas posteriores.

Outros catálogos estelares importantes, bem posteriores, foram feitos por J Bayer (1603), J Flamsteed (1725), J Hevelius (1690), N de Lacaille (1751), entre outros. Cada um destes astrônomos, além da catalogação, criou métodos de classificação estelar e, ainda, outras constelações, como por exemplo a de Lacerta (Lagarto) ou de Camelopardalis (Camelo). A constelação do Cruzeiro do Sul (Crux Australis) foi incluída por Augustine Royer em catálogo de 1679. Essa constelação, próxima do Escorpião, tem estrelas como Gacrux, Acrux e Mimosa, que, além de serem consideradas, em astrologia política, relativas ao Brasil, têm um simbolismo que está associado à astrologia, astronomia, botânica e a poderes psíquicos.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/urania/historia6.htm

sexta-feira, 1 de maio de 2009

O Tarô


Texto que escrevi para o futuro site sobre tarôs do Adriano Campanaro. Infelizmente ainda não tenho o link do mesmo, assim que tiver atualizo o post.

O Tarô é o mais misterioso e conhecido meio de divinação que existe, não são simples cartas, mas um verdadeiro livro de alegorias iniciaticas. Muitos atribuem sua criação a Hermes, Thoth ou Enoch. Outros registros dizem que os sacerdotes de Memphis, prevendo a queda da civilização Egípcia, ocultaram seus conhecimentos sob a forma de uma espécie de baralho, que hoje em dia, é conhecido pelo nome de Tarô e o legaram aos profanos, sabendo que, devido ao hábito do jogo, tais conhecimentos chegariam à posterioridade.

Papus e Eliphas Levi já afirmaram que antes de se tornarem um baralho, aquilo que viria a se tornar o Tarô, na verdade eram amuletos no antigo Egito com um significado sagrado e complexo muito semelhante aos Pantáculos.

Muitos crêem que foi inventado na Europa Medieval para diversão da corte real. Porém em defesa contra isso existe a crença, que com a presença de Magos Alquimistas nas cortes reais durante o auge da Alquimia entre o século XII e XV, fez com que o Tarô ganhasse popularidade nas mesmas, já que muitos Reais ‘adotavam’ Magos pessoais. E estes que na verdade teriam revelado esta tradição oculta milenar de divinação. De qualquer forma historicamente uma coisa que é inquestionável, os mais antigos documentos referente a este jogo de cartas datam do final do século XIV, sem nada semelhante antes dessa data.

Para aqueles que descartam a hipótese antiga e de origem sagrada e oculta do tarô, atribuem sua real introdução a filosofia oculta e esotérica durante o século XIX por vários ocultistas e iniciados. Sendo antes disso tratado como um mero e profano jogo de cartas, que por ironia a intuição se tornará a melhor habilidade num jogo justo, afinal qualquer jogo de cartas comum consiste no jogador adivinhar as cartas que seu adversário possui e também as jogadas que pretende para então assim vence-lo.

A etimologia da palavra tarô é muito controversa, do italiano ‘Tarocco’ supõe-se que deriva da palavra ‘tara’ "dedução, ação de deduzir". Ou então da palavra árabe ‘turuq’, que significa "quatro caminhos". Suas laminas atualmente são conhecidas como Arcanos Maiores e Menores, antes eram conhecidas como Trunfos.

O termo ‘Arcanum’ do latim significa um mistério cujo conhecimento é indispensável para compreender um grupo determinado de fatos, leis ou princípios. Sem o conhecimento do ‘Arcanum’, nada pode ser feito no momento que surge a necessidade de tal compreensão.

Atualmente o Tarô é composto por 78 cartas, sendo 22 arcanos maiores e 56 arcanos menores. Que Cabalisticamente correspondem os arcanos maiores as 22 letras hebraicas, e os arcanos menores ao nome de YHVH, e assim então aos quatro elementos dentro de cada Sephira da Árvore da Vida. Porém no passado, principalmente na renascença podem-se encontrar Tarôs com 97cartas como o tarô de Minchiate; outros 50 como o tarô de Mantegna; e outros 37 como as cartas de Sola Busca.

No período da Renascença e Barroco, havia até a profissão de artesão de tarô, o que fez então que os produtores oficiais do mesmo se espalhassem por toda a Europa. A compra de cartas então se tornou uma febre, tento que vários governantes tentaram monopolizar a sua produção e conseguiram. Vale ressaltar também que o tarô nunca foi proibido pela igreja e assim muito menos caçado pela inquisição.

O meio da leitura das cartas por divinação funciona do mesmo modo que outros meios sem ser pelo tarô. O método de colocar as cartas e as imagens (apesar de conterem um simbolismo muito extenso e com muitos significados) são usadas como meio de concentração e abstração que assim no silencio interior da alma (qual deve ser alcançado por um estado meditativo antes de tirar as cartas) traz as respostas e significados desejados pela intuição e decodificação das informações da luz astral pela mente consciente superior. Também é possível o sucesso em uma interpretação intelectual do simbolismo e significado das cartas do modo que são dispostas, porém o êxito maior sempre virá da intuição e pela clarividência.

Existem centenas de métodos para dispor as cartas, variando com o tipo de pergunta e interpretação que se pretende. As perguntas e respostas são de probabilidades infinitas, podendo dizer qualquer coisa a respeito do passado, presente e futuro. Alguns afirmam que se podem ter respostas até de reencarnações passadas. A única coisa que difere é que a interpretação intelectual exige perguntas mas objetivas que darão respostas do mesmo modo, enquanto a interpretação pela intuição pode ser mais profunda e mais variável, respondendo questões mais complexas qual não seria possível com uma interpretação intelectual.

Hoje existem milhares de tipos de cartas de tarô diferentes, inclusive três museus sobre tarôs: Museu Fournier (Ávila, Espanha), Museu da Cidade de Marselha (França) e Museu da U.S. Games (Stamford, EUA). Quais são os maiores do mundo.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

CRONOLOGIA DAS ORDEM SECRETAS, FILOSÓFICAS E MÍSTICAS



Para dar um pouco de movimento ao blog, estou postando uma cronologia da fundação oficial de diversas ordens e sociedades secretas.







1586 Militia Crucifera Evangelica
1593 Rose-Croix Royale
1617 Fruchtbringende Gesellschaft
1640 Rite des Philadelphes
1717 Grand Lodge of London
1736 Order of Odd Fellows
1740 Société de l'Harmonie
1744 Royal Arch
1754 Juges Ecossais
1756 Régime Ecossais Rectifié
1758 Elus-Cohens
1763 Ordre des Chevailiers de l'Aigle Noir Rose-Croix
1764 Strikte Observance - Stricte Observance Templiere
1768 Ordre Martiniste des Elus-Cohen
1769 Grand Loge de Genève
1770 Régime Ecossais Rectifié
1773 Grand Oriënt de France
1775 Rite des Philalèthes
1776 Ordo Illuminati
1778 Chevalier Bienfaisants de la Cité Sainte
1779 Grand Prieuré d'Helvetia
1780 Philadelphes de Narbonne
1780 Fratres Lucis
1780 Sociéte Philantropique
1780 Martinisme
1781 United Ancient Order of Druids
1783 Les Illuminés d'Avignon
1783 Société de l'harmonie
1785 Sociéte des Initiées
1786 Rite Ecossais Ancien Accepté
1788 Rite de Misraïm
1803 Eglise Johannites des Crétiens Primitif
1815 Rite de Memphis
1830 Society of Eight
1834 Order of the Ancient Foresters
1839 Oeuvre de la Miséricorde
1843 B'nai B'rith
1851 Rebecca-lodges ( Odd Fellows )
1858 Order of Knights of the Red Branch of Eri
1858 Royal Oriëntal Order of the Sikha and Sat B'hai
1859 Swedenborgiaanse Ritus
1861 Eulis Brotherhood
1864 Knights of Pythias
1868 Societas Rosicruciana in Anglia
1869 Bristol College of the Rosicrucian Society
1870 Ancient Arabic Order of Nobles of the Mystic Shrine
1870 Brotherhood of Light
1870 Rite Ancien et Primitif de Memphis-Misraïm
1874 Order of Ishmael
1875 Theosofische Beweging
1876 United Order of the Golden Cross
1876 Mystic Order of Veiled Prophets of the Enchanted Realm
1878 Societas Rosicruciana in America
1878 London Spiritualis Alliance
1879 Societas Rosicruciana in Civitatibus Foederatis
1880 Illuminaten Orden
1882 Order of Light
1884 Hermetic Brotherhood of Luxor
1886 Order of the Cross and the Serpent
1888 Orde Kabbalistique de La Rose+Croix
1888 Hermetic Order of the Golden Dawn
1889 Fraternité de L'étoile
1890 August Order of Light
1890 Universal Gnostic Church
1891 Ordre de La Rose-Croix Catholique et Esthétique du Temple et du Graal
1891 Suprême Conseil de L'Ordre Martiniste
1892 Ordo Rosae Rubeae et Aurea Crucis
1892 Ordre Eudiaque
1893 Ordre Mixte International du Droit Humain
1896 Association Alchimique de France
1896 Church of the Paraclete ( Gnostische Kerk )
1902 Societas Rosicruciana in Germania
1903 Stella Matutina
1905 Guido von List-Gesellschaft
1906 Ordo Templi Orientis ( O.T.O.)
1906 Mystica Aeterna
1907 Eglise Catholique Gnostique
1907 Ordo Novi Templi
1907 Germanische Glaubensgemeinschaft
1907 Argentum Astrum
1908 Fraternité des Polaires
1908 Rosicrucian Fellowship
1910 Rite Philosophique Italien
1911 Hohen Armanen Orden
1912 Germanen Orde
1912 Order of the temple of the Rosy Cross
1912 Antroposofische Vereniging
1913 Grande Loge Nationale Française
1914 L'Ordre du Lys et du L'Aigle
1915 Antiquus Arcanae Ordinis Rosae Rubae Aureae Crucis (AMORC)
1915 Holy Rosicrucian Church
1916 Ordre Martiniste - Martinéziste de Lyon
1916 Hermetic Brotherhood of Light
1917 Thelemic Ecclesia Gnostica Catholica
1918 Thule Gesellschaft
1919 Lotus Gesellschaft
1920 Association des amis de Péladan
1920 Fraternitas Rosae Crucis
1920 Amitiés Spirituelles
1920 Thelemic Ecclesia Gnostica Catholica
1920 School of Ageless Wisdom
1921 Ordre Martiniste et Synarchique
1921 Antiquus Arcanus Ordo Rosae Rubae Aurea Crucis (AAORRAC)
1921 Collegium Pansophicum
1921 Ordo Templi Orientis Antiquae
1922 Builders of Adytum
1922 Society of the Inner Light
1923 Church of Light
1923 Ordo Aurea & Rosae Crucis ( Antique Arcanae Ordinis Rosae
Rubeae et Aureae Crucis )
1923 Ordre de la Rose-Croix Universitaire
1923 Ordre de la Rose-Croix Universelle
1926 Atlantis
1926 Fraternitas Saturni
1927 Fraternitas Rosicruciana Antiqua
1927 Ordre d'Hermès Tétra-Mégiste
1927 Thelema Verlags Gesellschaft Leipzig
1928 Adonistische Gesellschaft
1930 Rosicrucian Antroposophic League
1931 Ordre Martiniste Tradionnel
1932 Rosicrucian Antroposophical League
1932 Ordre souverain et militaire du temple de Jérusalem
1934 Federatio Universalis Dirigens Ordines Societatesque Initiationis
1935 Lectorium Rosicrucianum
1935 Societas Pansophia Universalis
1937 Fraternitas Crucis Austriae
1942 Rose-Croix d'Oriënt
1942 Ordre Martiniste des Elus Cohens
1945 Ordre souverain et militaire du Temple de Jérusalem
1945 Croix Blanche Universelle
1945 Psychosophische Gesellschaft
1948 Ordre Martiniste Rectifié
1949 Temple of the Two Yggdrasills
1952 Ordre souverain du Temple Solaire
1952 Grande Loge Féminine de France
1953 Ordo Hermetis Trismegisti
1953 Ordo Hermetis Tetramegisti
1955 Temple of Lycantrophie Kabbalistique
1956 Ordo Roseae Aurea
1956 Ordo Illuminatorum Germaniae
1958 Grande Loge Traditionnelle et Symbolique
1958 Fédération des Ordres Martinistes
1960 Ordre Martiniste ( de Paris )
1960 Qabalistic Alchemist Church
1962 Ordre Rénové du Temple
1962 ? Ordre International Chevaleresque Tradition Solaire
1963 Fraternitas Saturni
1963 Fraternitas Luminis Ordo Regina Adeptorum
1963 Philosophic Gnostic Hermetic Society
1966 OSTI : Ordre Souverain du Temple Initiatique
1968 Ordre Martinist Belge
1968 Martinisten Orde der Nederlanden
1968 Ordre Martiniste Initiatique
1968 Alte und Mystische Orden der Saturnbruderschaft
1970 Ordre Rénové du Temple
1971 Arbeitskreiss Antares
1972 Ordo Saturni
1972 Frères Aînés de la Rose+Croix - Eglise Universelle de la Nouvelle Aliance
1972 Antigua Tradicional Orden Martinista
1975 Orden Martinista Hermética
1979 Association des Philosophes
1980 Ordre des Chevaliers Martinistes
1980 Ausar Auset Society
1982 Rose+Croix Martinist Order
1982 Sacred Circle of Thelema
1987 Orden Martinista
1988 Ordo Templi Orientis Saturni
1988 Circes
1988 Orden Rosacruz
1990 Traditional Martinist Order of the U.S.A. Inc.
1991 Rose+Croix Martinist Order
1991 British Martinist Order
1992 Ancient Rosae Crucis
1992 ConFraternity Rosae Crucis
1994 Order of the Americas
1995 Academia Masonica Borealis
1995 Societas Rosae Crucis
1997 Ordo Militiae Crucis Templi Belgii

sábado, 21 de março de 2009

Atualização do Site.

O site foi novamente atualizado. A área de Artigos Cerimoniais foi organizada e acrescentado novos produtos e novas opções de navegação. Também novas fotos foram incluídas. Agora temos a área para espadas, adagas, outros artigos úteis ou indispensáveis ao iniciado, incensos planetários especiais, imagem e descrição de produtos que já foram vendidos, e produtos já preparados para pronta entrega.

Para ver as atualizações visitem o site: http://www.magusportae.hpg.com.br/

sábado, 14 de março de 2009

O que é Cabala?


Aproveitando o curso que esta para acontecer em São Paulo, resolvi fazer uma postagem breve sobre o que é a Cabala, então escrevi o seguinte texto:

Historicamente, a Cabala é de origem Judaica. Porém muitos dos seus estudantes e interpretes, reivindicam sua origem como sendo extremamente antiga e misteriosa. Alguns atribuem sua origem aos Egípcios outros aos Sumérios, e uns vão ainda mais longe, atribuindo a sabedoria da Cabala a uma civilização muito desenvolvida, antiga e misteriosa, qual influenciou a origem e evolução de todas as civilizações antigas depois da sua destruição.

A palavra Cabala (também Cabalá, Kabbalah, Qabbala, cabbala, cabbalah, kabala, kabalah, kabbala) em hebraico tem como siguinificado o verbo receber, com denotação a antiga tradição de Moisés, em que os ensinamentos profundos e sagrados eram passados via oral de Mestre Sacerdote para o jovem iniciado, e nada era escrito. Resumindo uma detonação a transmissão oral e fechada dos ensinamentos. Esta palavra é escrita com os seguintes caracteres hebraicos Koph, Beth e Lamed, porém lembrando que nesse idioma se escreve da direita pra esquerda, inverso dos idiomas ocidentais.

Muitos crêem que a palavra Cabala, na verdade se originou de uma palavra com semelhante vocalização mas de origem asirio-egípcia, e que siguinificava literalmente Doutrina Oculta ou Tradição Oculta. Pode-se dizer que ela é uma ciência Emanatoria pois em seus ensinamentos o ponto principal é que tudo que existe foi emanado de Deus.

Seus ensinamentos visão uma melhor compreensão sobre Deus, o Universo e o próprio Homem. As leis e a formação dos diversos mundos. Como interagir com os Espíritos Celestes, elementais e todos os outros que regem a harmonia cósmica. E principalmente a ponte para o homem de como retornar a Divindade. Assim o estudante da Cabala é conhecido como Masakilim (Men+Shin+Caph+Yod+Lamed+Yod+Men) que significa "O Iniciado".

E como na essência da filosofia, suas frases e ensinamentos são cifrados em parábolas e alegorias, míticas e ou lendárias, algumas até mesmo históricas, veladas intencionalmente assim aos homens comuns e mundanos, e totalmente desprovida de sentido pra estes e para aqueles de pouco intelecto e criatividade. Também nos escritos cabalísticos, os números são tão importantes quanto as letras, e cada caractere do alfabeto hebreu também simboliza um numero.

Na ciência cabalística, muitos vêem dualidade mas na verdade há apenas a harmonia e união de toda a antagonia existente. A dualidade é um fruto da má compreensão de Deus e suas leis, principalmente após a idade media. Casos como estes originaram as ideias de equivocas a respeito das Qliphoth (o lado reverso da árvore da vida e das Sephiroth).

Uma de suas principais alegorias é a Árvore da Vida com seus "frutos" chamados Sephiroth (que querem dizer literalmente numerações), nela se encontra toda a formação do mundo, os Espíritos que regem este e a formação do Homem. Simboliza também o caminho do Iniciado.

Entre o séculos XIV e XV tomou grande popularidade. Até mesmo sendo aceita nas doutrinas cristãs pelo Papa Sixtus (1471-1484). Porém não deixa e nunca deixou de estar presente em toda a bíblia cristã seja no velho ou no novo testamento, por mais que os concílios católicos tenham modificado varias de suas partes. Afinal a religião Católica veio em grande parte dos ensinamentos e tradição judaica.

Esse ganho de popularidade fez com que nascesse algumas divisões dos ensinamentos cabalísticos. Como a Cabala Cristã que contem poucas diferenças da Cabala Judaica, mas a principal delas é ter Yeshua (Jesus) como o Messias e restituidor da sabedoria cabalística, e é principalmente presente no Martinismo. E a outra seria a Cabala Hermética ou Mística que tem como principal diferença uma visão universal da Cabala como ela sendo a principal origem de todas as religiões e mitologias e presente nestas, provindo da primeira e grande civilização. De qualquer modo ela influenciou os pensamentos filosóficos da antiguidade grega, Essénios, Gnósticos, Cristões, Catáros, Templários, Rosa+Cruzes, Maçons, e dezenas de outras ordens e grupos espirituais.

Seus principais livros são, aqueles da tradição judaica, como o Tanakh, Torah e Talmude, e os outros são o Sepher Yetizarah, Sepher Zohar, Sepher Raziel e muitos outros. Além dos Clavículas ou Chaves atribuídas ao Rei Salomão, qual apareceram varias falsificações na idade media com conteúdo satânico e demonológico como o Grande Grimorio e outros, principalmente a Goétia quais muito diferentes do original, ou seja fruto dos preconceitos e medos da era Cristã medieval.