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sexta-feira, 1 de maio de 2009

O Tarô


Texto que escrevi para o futuro site sobre tarôs do Adriano Campanaro. Infelizmente ainda não tenho o link do mesmo, assim que tiver atualizo o post.

O Tarô é o mais misterioso e conhecido meio de divinação que existe, não são simples cartas, mas um verdadeiro livro de alegorias iniciaticas. Muitos atribuem sua criação a Hermes, Thoth ou Enoch. Outros registros dizem que os sacerdotes de Memphis, prevendo a queda da civilização Egípcia, ocultaram seus conhecimentos sob a forma de uma espécie de baralho, que hoje em dia, é conhecido pelo nome de Tarô e o legaram aos profanos, sabendo que, devido ao hábito do jogo, tais conhecimentos chegariam à posterioridade.

Papus e Eliphas Levi já afirmaram que antes de se tornarem um baralho, aquilo que viria a se tornar o Tarô, na verdade eram amuletos no antigo Egito com um significado sagrado e complexo muito semelhante aos Pantáculos.

Muitos crêem que foi inventado na Europa Medieval para diversão da corte real. Porém em defesa contra isso existe a crença, que com a presença de Magos Alquimistas nas cortes reais durante o auge da Alquimia entre o século XII e XV, fez com que o Tarô ganhasse popularidade nas mesmas, já que muitos Reais ‘adotavam’ Magos pessoais. E estes que na verdade teriam revelado esta tradição oculta milenar de divinação. De qualquer forma historicamente uma coisa que é inquestionável, os mais antigos documentos referente a este jogo de cartas datam do final do século XIV, sem nada semelhante antes dessa data.

Para aqueles que descartam a hipótese antiga e de origem sagrada e oculta do tarô, atribuem sua real introdução a filosofia oculta e esotérica durante o século XIX por vários ocultistas e iniciados. Sendo antes disso tratado como um mero e profano jogo de cartas, que por ironia a intuição se tornará a melhor habilidade num jogo justo, afinal qualquer jogo de cartas comum consiste no jogador adivinhar as cartas que seu adversário possui e também as jogadas que pretende para então assim vence-lo.

A etimologia da palavra tarô é muito controversa, do italiano ‘Tarocco’ supõe-se que deriva da palavra ‘tara’ "dedução, ação de deduzir". Ou então da palavra árabe ‘turuq’, que significa "quatro caminhos". Suas laminas atualmente são conhecidas como Arcanos Maiores e Menores, antes eram conhecidas como Trunfos.

O termo ‘Arcanum’ do latim significa um mistério cujo conhecimento é indispensável para compreender um grupo determinado de fatos, leis ou princípios. Sem o conhecimento do ‘Arcanum’, nada pode ser feito no momento que surge a necessidade de tal compreensão.

Atualmente o Tarô é composto por 78 cartas, sendo 22 arcanos maiores e 56 arcanos menores. Que Cabalisticamente correspondem os arcanos maiores as 22 letras hebraicas, e os arcanos menores ao nome de YHVH, e assim então aos quatro elementos dentro de cada Sephira da Árvore da Vida. Porém no passado, principalmente na renascença podem-se encontrar Tarôs com 97cartas como o tarô de Minchiate; outros 50 como o tarô de Mantegna; e outros 37 como as cartas de Sola Busca.

No período da Renascença e Barroco, havia até a profissão de artesão de tarô, o que fez então que os produtores oficiais do mesmo se espalhassem por toda a Europa. A compra de cartas então se tornou uma febre, tento que vários governantes tentaram monopolizar a sua produção e conseguiram. Vale ressaltar também que o tarô nunca foi proibido pela igreja e assim muito menos caçado pela inquisição.

O meio da leitura das cartas por divinação funciona do mesmo modo que outros meios sem ser pelo tarô. O método de colocar as cartas e as imagens (apesar de conterem um simbolismo muito extenso e com muitos significados) são usadas como meio de concentração e abstração que assim no silencio interior da alma (qual deve ser alcançado por um estado meditativo antes de tirar as cartas) traz as respostas e significados desejados pela intuição e decodificação das informações da luz astral pela mente consciente superior. Também é possível o sucesso em uma interpretação intelectual do simbolismo e significado das cartas do modo que são dispostas, porém o êxito maior sempre virá da intuição e pela clarividência.

Existem centenas de métodos para dispor as cartas, variando com o tipo de pergunta e interpretação que se pretende. As perguntas e respostas são de probabilidades infinitas, podendo dizer qualquer coisa a respeito do passado, presente e futuro. Alguns afirmam que se podem ter respostas até de reencarnações passadas. A única coisa que difere é que a interpretação intelectual exige perguntas mas objetivas que darão respostas do mesmo modo, enquanto a interpretação pela intuição pode ser mais profunda e mais variável, respondendo questões mais complexas qual não seria possível com uma interpretação intelectual.

Hoje existem milhares de tipos de cartas de tarô diferentes, inclusive três museus sobre tarôs: Museu Fournier (Ávila, Espanha), Museu da Cidade de Marselha (França) e Museu da U.S. Games (Stamford, EUA). Quais são os maiores do mundo.