Por: Mateus Silva Saraiva
Os estudam indicam que o termo pantáculo seja de origem grega,
oriundo da seguinte junção de palavras: pan (que significa
“tudo” e kleo (que quer dizer “honra”). Seu significado
provavelmente é uma referência ao seu poder de conter as virtudes de todo o
Cosmos, ou de uma órbita planetária particular, e transferir estas virtudes
para a aura daquele que o possuir. Nunca se deve confundir
pantáculo com pentáculo, pois pentáculo é
basicamente apenas um pentagrama dentro de um circulo.
Por tal fato os pantáculos têm grande poder, mas devem ser
gravados sempre no período astrológico adequado (no dia e na hora do planeta ao
qual correspondem), e por um mago ou iniciado que esteja purificado. Caso
contrário, energias caóticas e em desarmonia seriam conservadas, e o pantáculo
traria mais problemas que bons agouros. Suas linhas e seus nomes são feitos
pela geometria sagrada, que grava pela luz astral as virtudes do céu do
momento, mais ou menos do mesmo modo que o céu do momento marca a personalidade
de uma criança ao nascer.
O ideal é que a gravação respeite o metal correspondente de
cada planeta, para com que assim os efeitos do pantáculo tornem-se mais fortes
e possam durar eternamente, desde que não seja profanado. Pode-se, também, gravar o pantáculo no couro
do animal correspondente ao planeta, ou, por último, na madeira de uma árvore
correspondente ao mesmo. Gravar em papel ou pano comum faz com que suas
vibrações fiquem muito fracas e suas virtudes se percam logo (em questão de pouquíssimos
dias, ou, no máximo, uma lunação). Outro ponto importante é que o pantáculo
deve sempre ser consagrado em um período astrológico adequado para aquele que
irá possuí-lo, e de preferência pelo mesmo indivíduo, pois a consagração gera
uma ligação astral entre a aura da pessoa e o objeto a ser consagrado. Basicamente,
o pantáculo é um talismã mais completo e complexo.
No pantáculo há também o Kamea planetário, que é um quadrado
mágico dividido em linhas e colunas referentes à numeração da Árvore da Vida a
qual determinado planeta pertence. O Kamea utiliza a gematria e a geometria
sagrada, criando, assim, o selo planetário. Cada planeta traz virtudes
diferentes, que se intensificam quando o portador do pantáculo possui as
qualidades do mesmo. Porém, se o portador tiver o defeito referente ao planeta,
o pantáculo acaba por ser tornar um objeto maldito, que trará azar, pois no plano
astral os planetas são todos de dupla polaridade, ou seja, representam sempre
uma virtude e um defeito.
Para exemplificar, pensemos em uma pessoa que seja
voluptuosa e luxuriosa – defeitos ligados a Vênus. Neste caso, seria um grande
erro possuir um pantáculo deste planeta (Vênus). Agora, se esta pessoa fosse
temperante e carismática – virtudes ligadas a Vênus –, o pantáculo passaria a
amplificar esses poderes, levando tais virtudes à alma do seu possuidor, e
assim traria muita sorte. Ou seja, tudo depende exclusivamente de uma familiaridade
subjetiva do individuo com o planeta em questão, uma união do microcosmo com o
macrocosmo, onde o pantáculo é um instrumento para reforçar tais forças em prol
de um desejo do microcosmo sobre o macrocosmo.